quarta-feira, 15 de agosto de 2018

CFM lança código inédito para promover padrão ético entre os estudantes de Medicina

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Organização de trotes responsáveis, respeito ao sigilo, uso ético de cadáveres durante as atividades de ensino e prevenção ao assédio moral e às relações abusivas nas escolas. Estes são alguns dos temas abordados no primeiro Código de Ética do Estudante de Medicina (CEEM) no Brasil , uma iniciativa inédita do Conselho Federal de Medicina (CFM) que oferece ao universo do sistema formador desta profissão um conjunto de princípios para balizar as relações dentro e fora das salas de aula.

O documento - lançado nesta terça-feira (14/08), em evento em Brasília (DF) -  tem foco nos acadêmicos que se preparam para exercer futuramente a Medicina. O CEEM brasileiro preenche lacuna, em nível nacional, e se inspira em experiências de códigos semelhantes editados em outros países, como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. Anteriormente, no Brasil, algumas instituições de ensino e Conselhos Regionais de Medicina haviam elaborado textos com o mesmo objetivo, mas com abrangência local.

Diferentes eixos - O Código de Ética do Estudante de Medicina contém 45 artigos organizados em seis diferentes eixos, os quais ressaltam atitudes, práticas e princípios morais e éticos. O trabalho de elaboração desse texto teve início há dois anos e foi concluído durante fórum específico, organizado pelo CFM e que contou com a participação de representantes de várias entidades que mantém interface com o tema. [...]

Principais pontos do Código de Ética Médica do Estudante

Sigilo Médico: Orienta o estudante a guardar sigilo a respeito das informações obtidas a partir da relação com os pacientes e com os serviços de saúde. E veda ao acadêmico a quebra do sigilo;

Assédio moral: Orienta o estudante a se posicionar contra qualquer tipo de assédio moral ou relação abusiva de poder entre internos, residentes e preceptores;

Trotes: Compreende como um direito o estudante participar da recepção dos ingressantes, mas em um ambiente saudável. Também destaca como dever a denúncia de qualquer prática de violência física, psíquica, sexual ou dano moral e patrimonial;

Exercício ilegal: Proíbe o acadêmico identificar-se como médico, podendo qualquer ato por ele praticado nessa situação ser caracterizado como exercício ilegal da medicina;

Remuneração: O estudante de medicina não pode receber honorários ou salário pelo exercício de sua atividade acadêmica institucional, com exceção de bolsas regulamentadas;

Relação com cadáver: Destaca o respeito com o cadáver, incluindo qualquer peça anatômica utilizados com finalidade de aprendizado;

Supervisão obrigatória: Instrui que a realização de atendimento por acadêmico deverá obrigatoriamente ter supervisão médica;

Respeito pelo paciente: Orienta o estudante a demonstrar empatia e respeito pelo paciente;

Respeito no atendimento e aparelhos eletrônicos: Destaca como dever do estudante dedicar sua atenção ao atendimento ministrado, evitando distrações com aparelhos eletrônicos e conversas alheias à atividade;

Privacidade: Garante o respeito a privacidade, que contempla, entre outros aspectos, a intimidade e o pudor dos pacientes;

Mensagens whatsapp: Permite o uso de plataformas de mensagens instantâneas para comunicação entre médicos e estudantes de medicina, em caráter privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas sobre pacientes;

Equipe multidisciplinar: Orienta os estudantes a se relacionarem de maneira respeitosa e a respeitarem a atuação de cada profissional da saúde.

Grifo nosso
Fonte: Assessoria de Imprensa do CFM
Imagem: academiamedica.com.br

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