A taxa média de cesáreas no conjunto de hospitais que fazem parte do
Projeto Parto Adequado continua em queda.
Novo balanço divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), Hospital Albert Einstein e Institute for Healthcare Management (IHI) mostra
que, em maio, os estabelecimentos
atingiram o índice de 37,5% de partos normais ante 62,5% de partos cirúrgicos
entre a população-alvo da iniciativa.
Isso representa uma redução de 17,7 pontos percentuais quando comparado
ao índice de cesarianas realizadas antes do projeto, quando a média do grupo
chegava a 80,2%.
Em fevereiro, data da última análise, o índice de partos normais entre
os participantes do projeto era de 31%.
Em três meses, houve um aumento
de 6,5 pontos percentuais, o que
demonstra que a iniciativa continua atingindo o objetivo de provocar mudanças
sustentáveis em direção à redução das cesáreas desnecessárias.
Os resultados individuais
revelam que quase 90% dos hospitais
conseguiram aumentar o percentual de partos vaginais e mais da metade deles
atingiram ou superaram o índice de 40% de partos normais cinco meses antes do
término da fase piloto.[...]
[...]Além do aumento da proporção de partos normais, o acompanhamento
feito pela ANS e pelos demais parceiros tem mostrado melhorias significativas
em relação à taxa de internação em UTI neonatal: 12 hospitais reduziram esse
indicador de 63 internações por mil nascidos vivos para cerca de 48 por mil
nascidos vivos entre abril de 2014 e maio de 2016 (média entre os
estabelecimentos).
Esse é um dos indicadores importantes para mensurar a efetividade do
projeto e as melhorias proporcionadas para a saúde das mães e bebês.
Sobre o projeto - Iniciado em abril de 2015, o Projeto Parto Adequado tem contribuído não apenas para aumentar o
número de partos normais, mas para provocar uma mudança no modelo assistencial
de atenção ao parto e nascimento.
Sua estratégia abrange a indução de boas práticas, baseadas em
evidências científicas, favorecendo a produção de saúde, a segurança e a
qualidade nos serviços, contribuindo para a redução de cesarianas
desnecessárias e dos riscos delas decorrentes.
A equipe de projeto destacada por cada hospital participa de sessões de
aprendizagem virtuais e presenciais, onde as experiências são discutidas e as
boas práticas identificadas são disseminadas.
Temas como engajamento do corpo clínico; formas de participação das
operadoras com rede própria e com rede conveniada; definição dos papéis dos
profissionais componentes da equipe; satisfação da paciente; custo de
implementação; protocolos de atendimento incluindo cesárea a pedido; formas de
divulgação dos participantes; e influência do vínculo com o médico
pré-natalista são debatidos com os hospitais e operadoras de planos de saúde
participantes.
Nesse aprendizado, ganha especial relevância a aproximação
colaborativa, que constitui uma base sólida para mudanças sustentáveis.
A participação no projeto é
voluntária.
Atualmente, 34 hospitais integram a iniciativa, que também conta com o
apoio de 18 operadoras de planos de saúde.
Grifo nosso
Fonte: ans.gov.br
Imagem:ANS
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