Após diversas
manifestações públicas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(Cremesp) e dos demais Conselhos e organizações de especialidades médicas,
contra a abertura indiscriminada de escolas médicas no Estado, o presidente
Michel Temer irá assinar moratória para proibir abertura de novos cursos de
medicina no país durante cinco anos.
O Ministro da Educação,
Mendonça Filho, confirmou a informação para a colunista da Folha de S.Paulo,
Mônica Bergamo, e afirmou que o
documento deve ser assinado até o final deste ano.
Para o presidente do
Cremesp, Lavínio Nilton Camarim, “a proliferação de estabelecimentos de ensino
privados sem um controle rigoroso compromete a qualidade do ensino dos jovens
estudantes, configurando-se como um risco à formação dos novos médicos”.
Histórico
O Cremesp entrou, em
outubro deste ano, com representação junto ao Ministério Público Federal
solicitando que o órgão abra investigação para apurar a licitude de ato
administrativo do ministro da Educação que autoriza a criação de novos
estabelecimentos privados de ensino médico no Estado de São Paulo. O Conselho
acredita que houve desrespeito às condições legais necessárias para essa
autorização.
O crescimento do número
de escolas médicas não tem sido acompanhado da ampliação do número de
hospitais-escolas para o exercício prático do aprendizado em sala de aula, por
exemplo.
Outro dado importante é
que o Brasil é um dos países que mais possui cursos de Medicina. Mais que os
Estados Unidos e até mesmo a China, onde há quase 1,4 bilhão de habitantes.
O Cremesp entende que a
proliferação de estabelecimentos de ensino privados sem um controle rigoroso
compromete a qualidade do ensino dos jovens estudantes, configurando-se como um
risco à formação dos novos médicos.
Grifo nosso
Fonte: CREMESP
Imagem: funorte.edu.br
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