BRASÍLIA
- Os ministérios da Saúde e da Educação abriram (29/12), as inscrições para apresentação de propostas para abertura de novos cursos de
Medicina em 39 municípios considerados prioritários pelo governo federal.
Instituições de ensino e mantenedoras têm até 23 de janeiro para apresentar
suas propostas.
O
resultado final deverá ser divulgado em
junho.
"A
expectativa é a de que sejam criadas cerca de 2.300 vagas nesta etapa",
afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Heider
Pinto.
A
ampliação do número de vagas de Medicina é um dos braços do programa Mais
Médicos.
A meta é chegar em 2018 com
11,5 mil vagas a mais de graduação.
Pinto
informou que uma novo chamamento público terá início no primeiro trimestre de
2015, com escolha de novas cidades candidatas a sediar cursos. "A ênfase,
na nova etapa, será para cidades nas regiões Norte e Nordeste."
Critérios. Das 39 cidades escolhidas para abrigar novos
cursos de medicina nesta primeira fase, 14 estão concentradas no Estado de São
Paulo.
Há
apenas duas cidades na Região Norte.
O
secretário atribuiu a concentração no Sudeste ao formato do edital para escolha
das cidades.
As candidatas não podiam ser capital de
Estado, mas tinham de apresentar pelo menos um hospital com 100 leitos e
deveriam ter pelo menos 70 mil habitantes.
"Isso
já limita a escolha. A ideia agora é tentar, no próximo edital, trabalhar com
regiões", disse. Uma das alternativas estudadas, de acordo com o
secretário, é considerar não o número de leitos de apenas um hospital, mas de
uma rede pública da cidade.
A
estratégia de ampliação de vagas para o curso estabelece condicionantes para
instituições e mantenedoras interessadas em participar da iniciativa. Elas têm,
por exemplo, de fazer investimentos na rede de saúde da região do novo curso e
a ofertar residência médica.
Entre os quesitos que serão
avaliados
para interessadas estão as condições financeiras da instituição, a nota no Ministério
da Educação de cursos que já estejam em funcionamento e o volume de adesão ao
FIES e ProUni.
Além
analisar a proposta do curso, equipes do MEC deverão visitar a instituição,
para verificar se há de fato condições para que ela possa abrir um curso de
medicina. Somente podem participar do processo seletivo mantenedoras legalmente
constituídas e que tenham pelo menos uma instituição de ensino credenciada.
Das cidades consideradas
prioritárias, 6
estão na Bahia, 4 em Minas, 2 no Rio, 4 no Paraná. Até o momento, foram
autorizadas a criação de 4.393 vagas de graduação de medicina.
De
acordo com ministério, o Brasil conta com 21.674 vagas autorizadas para cursos
de Medicina.
Grifo nosso
Fonte: Jornal O Estado de
São Paulo / Lígia Formenti
Imagem: medicinaufmg.br
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