quinta-feira, 11 de junho de 2015

13 dicas para médicos criarem um bom relacionamento com a imprensa

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A saúde é, de acordo com uma pesquisa de 2014 da Datafolha, o maior problema do Brasil. [...]

[...] Em algum momento um repórter poderá telefonar para o seu hospital ou consultório, solicitando uma entrevista sobre questões médicas, temas atuais relacionados à saúde, ou ainda em busca de uma boa história de superação.

Enquanto alguns médicos conseguem lidar com essa situação com naturalidade, outros podem ter complicações ao tentar contar ou explicar algo. [..]

Confira:

1) Posicione-se com conhecimento e segurança sobre o assunto. Saiba informações precisas daquilo que for apresentar, como nome das pesquisas, dos estudos citados, por quem e em qual universidade, hospital ou centro de pesquisa ela foi desenvolvida. Anote estas informações e mantenha junto com você antes mesmo de conceder entrevista;

2) Você é o especialista a ser procurado. Quando você lê um artigo na qual você domina o assunto, escreva um e-mail para o repórter (os sites dos jornais costumam apresentar o email dos profissionais) ou para o jornal/portal – como o www.setorsaude.com.br – e apresente seu ponto de vista, acrescentando que você se coloca à disposição para comentar sobre temas semelhantes. Se a notícia for internacional, tente contextualizar com informações locais. E se você escreveu um artigo interessante ou inovador, demonstre interesse em compartilhar os resultados do mesmo;

3) Humanize seu assunto. Os meios de comunicação precisam ter acesso ao seu conhecimento, porém depoimentos de pacientes humanizam a história. Muitos pacientes estão dispostos a contribuir com você e de ser exemplo de superação para outros. Mas importante: para que tudo ocorra da maneira correta, sempre consulte o paciente antes, pedindo autorização para utilizar sua imagem e seus depoimentos. Se realizar a entrevista dentro do local onde você trabalha, é importante informar e pedir a aprovação da empresa. Deixe tudo sempre documentado;

4)  Não diga algo em “off”. A menos que você conheça o jornalista, não há garantias de que sua declaração não será usada. Nunca diga algo que você não quer ver publicado;

5) Não peça a um repórter para ver a reportagem antes de ser publicada. Jornalistas não precisam de aprovação para publicar um texto, mesmo que o texto inclua suas citações. Quando necessário, o veículo de comunicação pode fazer novo contato para se certificar que suas citações são precisas;

6) Solicite tempo para você se preparar. Se você receber o contato de um repórter sobre um problema em sua especialidade ou área relacionada, respire, peça para que ele faça novo contato em cinco minutos. Em seguida, anote seus pensamentos e argumentos para repassá-los;

7) Você não é superior à imprensa. Seja natural, desça do pedestal e seja amigável, não seja grosseiro nem condescendente. O repórter não é obrigado a saber de antemão questões que para você são corriqueiras e banais;

8) Tenha cuidado para não falar jargões. Certifique-se de que você falará sobre termos médicos para que sejam entendidos também por leigos. Evite utilizar um “idioma próprio”, com gírias e jargões médicos. O repórter não é um médico, por isso ajude-o a entender e a traduzir palavras do meio profissional da saúde. Vale ressaltar, porém, que para algumas revistas especializadas ou segmentadas, o uso de termos específicos poderá – e deverá – ser utilizado. Procure conhecer de antemão a linha editorial do veículo e qual tipo de público atinge;

9) Agradeça. Se você é citado em uma reportagem, envie um e-mail ou até mesmo uma nota escrita à mão, como agradecimento. Isto abre muitas portas;

10)  Seja cuidadoso para não dar preferência a algum repórter ou veículo – Se você estiver envolvido em uma importante notícia, é melhor divulgar um comunicado à imprensa ou uma nota aberta. A exceção é uma grande notícia de última hora, uma reportagem exclusiva;

11) Prepare o ambiente. Se for receber o jornalista em seu local de trabalho, consultório, ou até mesmo em sua casa, é importante demonstrar organização e principalmente limpeza. Receber em ambiente limpo e saudável, sem papéis jogados ou amontoados, com equipamentos e móveis bem distribuídos e profissionais com uniformes impecáveis demonstram profissionalismo e qualidade. Esta é uma imagem positiva dos ambientes de saúde, o que se espera ver. O contrário disto pode estragar totalmente a sua história, passando uma impressão negativa, indicar desleixo e tirar até mesmo a sua credibilidade – ou a do estabelecimento de saúde;

12) Simpatia e Empatia.  Médicos podem ter a imagem de inacessíveis e ou de antipáticos. Alguns dizem até, que médicos se acham “deuses”. É claro que estas afirmações existem por algum motivo, mas estão longe de serem verdadeiras. Em todas as áreas temos pessoas que se esforçam mais do que outras para conseguirem atender com simpatia e empatia os pacientes, colegas e outros profissionais. A palavra simpatia vem do grego “sentir juntos o mesmo”. John Gregory, médico escocês e um dos principais nomes do movimento Iluminista – ou Esclarecimento Escocês –, defendia que a simpatia era imprescindível para uma relação médico-paciente profícua. Empatia pode ser entendida como a atitude e interesse de olhar com o olhar do outro. A falta de empatia é entendida como desconsideração. Ou seja, simpatia e empatia andam juntas e devem ser fundamentais na relação médico-paciente. Mas também devem ser valorizadas na relação médico-jornalista. Entenda o jornalista como um parceiro na função de se comunicar com a sociedade.


Grifo nosso
Fonte: setorsaude.com.br
Imagem: carmelitasjovens.blogspot.com.br

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