terça-feira, 23 de junho de 2015

CCJ - Profissionais da saúde podem ter que notificar acidentes causados por produtos com defeito


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Objetivo é alimentar o Siac, Sistema de Informações de Acidentes de Consumo, que é usado para embasar políticas públicas preventivas.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados vai analisar proposta que obriga os profissionais de saúde a repassar dados sobre acidentes provocados pelo consumo de produtos com defeito.

O objetivo é alimentar o Siac, Sistema de Informações de Acidentes de Consumo, que é usado para embasar políticas públicas preventivas.

A medida foi apresentada na Comissão de Defesa do Consumidor pela relatora Maria Helena, do PSB de Roraima, na Comissão de Defesa do Consumidor em substituição ao projeto do do paulista Goulart, do PSDB.


A deputada argumenta que o texto original criava o Sistema Nacional de Controle de Acidentes de Consumo (Sinac) que cumpriria a mesma missão que o Siac, um sistema que já existe. Ela também ressaltou o fato de a que a criação de novo sistema deveria partir de projeto de iniciativa do presidente da República, e não do Poder Legislativo.

A obrigação de repassar dados para o Siac alcança dos profissionais da Rede Sentinela ligada à Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para a deputada Maria Helena, a ideia é motivar a troca de informações.

"Esse registro de informações sobre acidentes de consumo facilita o mapeamento de acidentes que acontecem em todo o Brasil e permite a identificação de categorias dos consumidores e as regiões que são mais afetadas por esses problemas."

Já para Maria Inês Dolce, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (a Proteste), a medida vai identificar fabricantes que não respeitam os direitos dos consumidores: "Principalmente porque hoje esses acidentes não são revelados. Eles acontecem, e nós temos aí não só a questão do fabricante que deixa de tirar produto do mercado que causa acidentes, mas também a redução de atendimentos junto aos hospitais e aos prontos-socorros. É uma economia para os hospitais e prontos-socorros não tendo essas vítimas. E a importância também dos produtos serem melhorados no mercado de consumo."

O registro é enviado para a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ) responsável proteger os direitos de consumidores, para que adote medidas em relação aos maus fornecedores.

A pena é a retirada dos produtos de circulação, além da necessidade de corrigir os erros para evitar novos acidentes

Grifo nosso
Fonte: Rádio Câmara dos Deputados
Imagem: Reprodução

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