[...] Um engenheiro da Delft University of
Technology, na Holanda, criou um drone
que tem como função a de socorrer pessoas em casos de emergência, podendo
chegar antes mesmo que uma ambulância convencional.
O
drone criado por Alec Momont – desenvolvido em colaboração com a plataforma de
inovação belga Living Tomorrow – é capaz
de voar em velocidades de até 100 Km/h, carregando um desfibrilador e outros
equipamentos que podem reduzir o tempo de atendimento da vítima de ataque
cardíaco, aumentando significativamente a chance de recuperação.
O
drone pesa cerca de 4kg e tem capacidade para carregar mais 4kg. “Acima de
100km/h, os drones criam um sistema de resposta super rápido, capaz de aumentar
as chances de sobrevivência de 8% para 80%. Isso porque o drone-ambulância não
é afetado pela infraestrutura e fluxo do tráfego, sendo capaz de voar em linha
reta, reduzindo o tempo de resposta de atendimento de 10 minutos para 1
minuto”, explica Momont, em um vídeo promocional. “Desenvolvemos um novo modelo
de drone que se dobra em uma posição bem compacta. Ele se torna uma caixa de
ferramentas essencial para atendimentos de emergência”.
O protótipo foi projetado
para ser implantado quando os serviços de emergência recebem uma chamada de
parada cardíaca.
O drone, em teoria, poderia chegar ao local
mais rápido do que uma ambulância.
Devido à ausência de
paramédicos, o drone-ambulância é equipado com conexão de áudio e vídeo, que
permite que profissionais médicos forneçam instruções para as pessoas no local,
vendo a situação através da webcam e explicando os passos do tratamento –
incluindo como usar o desfibrilador.
Apenas
cerca de 20% das pessoas não treinadas são capazes de usar um desfibrilador com
sucesso; com um técnico de emergência dando instruções via webcam, esse índice
pode ser aumentado para 90%, garante Momont. O drone-ambulância pode levar um
desfibrilador para um paciente dentro de uma zona de 12 km no período de um
minuto.
Há,
no entanto, algumas barreiras para a implantação generalizada do
drone-ambulância. Na Holanda, leis de tráfego aéreo proíbem o uso de drones
autônomos. O drone ainda está sendo testado com pacientes reais, e o sistema de
detecção de objetos e evasão no drone precisa ser aprimorado.
O
custo, ao menos, não deve ser um problema. “Calculo ser de aproximadamente € 15 mil por drone, o que é claramente
um valor razoável, se você considerar o número de vidas que poderiam ser
salvas”, concluiu Momont.
Ele
acredita que o drone pode estar em uso
em, no máximo, cinco anos.
Acesse o vídeo mostrando como o drone funciona (legendado)
Grifo nosso
Fonte: setorsaude.com.br
Imagem: Reprodução
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