terça-feira, 20 de outubro de 2015

Atendimento do SUS é considerado péssimo ou ruim, segundo pesquisa Datafolha


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O instituto de pesquisas Datafolha apresentou uma nova pesquisa que mostra que 93% dos brasileiros estão insatisfeitos com a saúde no Brasil. Além disto, cerca de 54% classificam como péssimo ou ruim o serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para 18%, o SUS merece nota zero.

Encomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o levantamento indica que a Saúde deveria ser a prioridade número 1 do governo, segundo 43% das pessoas ouvidas. Em segundo lugar aparece a Educação, apontada por 27% dos entrevistados, seguida do combate à corrupção.

A pesquisa, que inclui rede pública e privada, foi realizada entre os dias 10 e 12 de agosto, com pessoas com mais de 16 anos de todas as classes econômicas. A amostra é representativa da população, com 2.069 entrevistados em 135 municípios nas 27 unidades da federação. Desse total, 83% são usuários do SUS — ou seja, procuraram o serviço nos últimos dois anos para obter atendimento ou medicamentos, pelo menos uma vez.


Entre os usuários do SUS, 54% deram nota de 0 a 6 e 46%, de 7 a 10.
No primeiro grupo, 36% apontaram o tempo de espera como o maior problema, seguido da pouca quantidade de médicos disponíveis (19%) e da falta de estrutura dos locais de atendimento (15%).

Do total de entrevistados, 29% relataram que estão aguardando a marcação ou a realização de consulta, exame, procedimento ou cirurgia. A demora chega a até seis meses para 58% das pessoas que estão na fila de espera. E passa de um ano para 25% dessa população. A lentidão aumentou em relação a 2014, quando o tempo na fila ultrapassava um ano em 16% dos casos.

“O problema maior é o tempo de espera: 80% dos que aguardam atendimento estão na fila há mais de um mês, o que significa, em muitos casos, a piora da condição de saúde ou a morte” afirma Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em reportagem do jornal O Globo.
O presidente do CFM, Carlos Vital, atribui a demora no atendimento à falta de profissionais. “As condições de trabalho geram atendimento mais lento e, consequentemente, a maior espera do paciente”, destaca.
Quanto mais sofisticado o procedimento requerido, maior a espera.

A demora aumenta em cirurgias e tratamentos específicos, como hemodiálise, quimioterapia e radioterapia.
Entre os que aguardam algum atendimento há mais de um ano, 44% precisam de cirurgia.[...]

O presidente do CFM afirmou que nos últimos 12 anos o Ministério da Saúde deixou de utilizar R$ 171 bilhões do orçamento, que já estavam autorizados e disponíveis.[...]

[...] Os profissionais de saúde do SUS foram relativamente bem avaliados.

Entre os entrevistados, 61% confiam nos médicos que atendem pelo sistema, 93% dizem que os médicos precisam de estrutura de trabalho para oferecer atendimento e 86% afirmam que os médicos do SUS merecem ser valorizados, com salário e estímulos de carreira. [...]

[...] O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que não teve acesso à pesquisa, mas destacou que tem investido em toda a rede, principalmente na Atenção Básica. O investimento na área, segundo a pasta, passou de R$ 9,7 bilhões em 2010 para R$ 20 bilhões em 2014.[...]


Grifo nosso
Fonte: setorsaude.com.br
Imagem: infonet.com.br

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