De acordo com o
conselho, dos 2.677 participantes, 56,4% (1.511) não alcançaram a nota mínima
porque só acertaram menos de 60% das 120 questões da prova.[...]
[...]É preciso que as
escolas médicas promovam melhorias nos métodos de ensino e imprimam mais rigor
em seus sistemas de avaliação”, afirma Bráulio Luna Filho, diretor do Cremesp e
coordenador do Exame.
Segundo o Cremesp, as escolas privadas tiveram maior percentual de
reprovação que os cursos públicos. "No
entanto, houve aumento importante de reprovação em comparação ao Exame de 2015
entre os egressos das instituições públicas, passando de 26,4% para 37,8%. Já
entre os cursos de medicina privados, 66,3% dos alunos foram reprovados em
2016, também superando os resultados de 2015, com 58,8%", aponta o
levantamento.
Histórico do exame:
·
2015 -
2.726 participantes - 48,1% de reprovação
·
2014 -
2.891 participantes - 55% de reprovação
·
2013 -
2.843 participantes - 59,2% de reprovação
·
2012 -
2.411 participantes - 54,5 % de reprovação
Estrutura
da prova
A prova teve 120 questões de múltipla
escolha, com cinco alternativas de respostas e duração de até cinco horas.
O
conteúdo abrangeu as principais áreas da Medicina: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia,
Obstetrícia, Saúde Pública e Epidemiologia, Saúde Mental, Bioética e Ciências
Básicas.
Para aprovação, o candidato deveria
responder corretamente a 72 das questões, o que corresponde a um percentual de
acertos de 60%.
A prova foi aplicada pela Fundação Carlos
Chagas (FCC) e os critérios e a metodologia foram os mesmos utilizados e
validados nos exames anteriores.
A 12ª edição do Exame do Cremesp foi
realizada no dia 16 de outubro de 2016 nos municípios de Botucatu, Campinas,
Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José do
Rio Preto, São Paulo e Taubaté. Atualmente, existem 46 escolas médicas em
atividade no Estado de São Paulo. Dessas, 30 foram avaliadas no Exame de 2016.
As demais, abertas há menos de seis anos,
ainda não haviam formado turmas à época do Exame.
Importância da avaliação
Todo estudante que se formou em medicina e
quer se inscrever no conselho paulista precisa fazer o exame para poder tirar o
registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como médico no estado.
Apesar
de ser um exame obrigatório, mesmo quem for reprovado também pode obter o
registro.
Entretanto, desde 2016, de acordo com o
Cremesp, a participação no exame passa a ser critério para acesso à Residência
Médica, concurso público e mercado de trabalho.
Programas de Residência Médica, como da
Unicamp, USP de São Paulo, USP de Ribeirão Preto, Santa Casa, Unifesp, ABC,
Hospital do Servidor Público Estadual, FM Rio Preto entre outros, passaram a
exigir a participação no Exame do Cremesp como condição para o acesso à
Residência.
"A Secretaria da Saúde do Município de
São Paulo publicou portaria exigindo a participação na prova do Cremesp a todo
médico que se inscrever em concurso público para preenchimento de vagas.
Decreto da Secretaria de Estado da Saúde faz a mesma exigência. Recentemente, a
Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) firmou com o Cremesp um
protocolo de intenções, estabelecendo que o Exame do Cremesp será considerado
na sele ção de candidatos à Residência Médica e na contratação de
profissionais, para os mais de 80 hospitais e instituições conveniados à
entidade, entre eles os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês", informou o Cremesp.
Grifo nosso
Fonte: CREMESP/G1
Imagem:academiamedica.com.br
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