O rol de especialidades
e áreas de atuação médicas foi ampliado: Oncologia Clínica e Cirurgia
Oncológica são as duas novas especialidades, enquanto Oncologia Pediátrica tornou-se área de atuação reconhecida
pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
É o que estabelece a Resolução CFM nº 2.162/2017 publicada
no Diário Oficial da União na última segunda-feira (17).
As especialidades
Oncologia Clínica e Cirurgia Oncológica terão Programa de Residência Médica com
duração de três anos, conforme definido pela Comissão Mista de Especialidades,
vinculada ao CFM.
Já a Cancerologia deixou de ser especialidade.
A Oncologia Pediátrica,
área de atuação reconhecida pelo CFM, terá formação de dois anos, podendo estar
incluída na Residência Médica das seguintes especialidades: Oncologia Clínica,
Pediatria e Hematologia e Hemoterapia.
A
Sexologia passa a ser área da psiquiatria, assim como já é de Ginecologia e Obstetrícia, mantendo a formação em um
ano.
“A demanda por serviços
oncológicos é crescente no Brasil, assim como o progresso clínico, cirúrgico e
tecnológico do trabalho médico na área. Diante disso, a Comissão Mista
reconheceu a necessidade de adequar a formação em oncologia clínica, cirúrgica
e pediátrica com base na regra geral, atribuindo titulações e provas
independentes”, explicou o 1º vice-presidente do CFM e coordenador da Comissão
Mista de Especialidades, Mauro de Britto Ribeiro.
A Resolução CFM nº
2.162/2017 editou ainda critérios para formação
em Pediatria e Cirurgia Geral que, a partir de 2019, terão duração de três anos
e não mais de dois, como é atualmente.
Trâmites
– O Decreto 8516/2015, que regulamenta a formação do
Cadastro Nacional de Especialistas com base no que determina a Lei 12.871/2013,
instituiu a Comissão Mista vinculada ao CFM.
Com atuação tripartite,
é composta também por representantes da Associação Médica Brasileira (AMB) e da
Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
O CFM é responsável
pela parte logística e administrativa e é através dessa comissão que são
definidas novas especialidades médicas no Brasil.
A homologação das
portarias da comissão se dá através de resoluções do Conselho Federal e, assim,
adquirem validade nacional.
Números
– Estima-se que,
somente entre os anos de 2016 e 2017, 600 mil novos casos de câncer afetaram a
população brasileira.
Os tumores pediátricos
respondem por, aproximadamente, 3% desses casos – o que atinge crianças e
adolescentes até os 19 anos.
Dos 600 mil novos casos,
entre a população masculina era esperada a incidência de 295.200 novos casos e,
entre a feminina, 300.800.
Os dados são da publicação bienal do Instituto
Nacional de Câncer (INCA). Estimativa de 2016 aponta que 60% dos pacientes no
Brasil são diagnosticados em estágio avançado da doença.
Com tratamento de alta
complexidade, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente entre a
população brasileira, sendo seguindo, no caso dos homens, pelos de próstata,
pulmão, intestino, estômago e cavidade oral.
Entre as mulheres, os
cânceres mais recorrentes são de mama, intestino, colo de útero, pulmão e
estômago.
De acordo com World
Cancer Research Fund (WCRF), a incidência de câncer no mundo cresceu 20% na
última década.
Grifo nosso
Fonte: CFM
Imagem:progresso.am.br
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