Os
senadores da Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) devem lidar com uma extensa pauta de projetos na área de
saúde nesta quarta-feira (18) às 9 horas.
Dois
deles podem mudar a administração das
unidades de terapia intensiva (UTI) caso virem lei.
O primeiro torna obrigatória a avaliação da qualidade e do
desempenho das UTIs, públicas e privadas, e a divulgação dos resultados aos
órgãos de vigilância sanitária (PLS 332/2013).
Pelo
texto, a comunicação dos dados consolidados do ano anterior deve ser feita
obrigatoriamente até o último dia do mês de fevereiro do ano corrente.
A avaliação é feita com base em 30 indicadores que especificam
estrutura, processos e resultados das UTIs avaliadas, como número de leitos, o
tempo médio de permanência dos pacientes e o número de mortes.
Além
disso, cada unidade deverá ser avaliada individualmente.
O
projeto também determina a distinção
dos tipos de UTI (adulto, especializada, neonatal, pediátrica ou pediátrica
mista).
O
relator do projeto na CAS, senador Paulo Bauer (PSDB-SC), é favorável à
proposta e afirma que o monitoramento e a avaliação da atividade das unidades
de terapia intensiva são relevantes pelo fato de elas oferecerem assistência à
saúde de pessoas em estado grave ou crítico.
Gestores Estaduais
O
outro projeto sobre UTI altera a Lei
Orgânica de Saúde para determinar a competência do gestor estadual do
Sistema Único de Saúde (SUS) na participação das diversas etapas relacionadas à
prestação dos serviços (PLS 233/2012).
Pelo projeto, os gestores
estaduais do SUS
devem atuar ativamente no planejamento, na programação e na organização desse
serviço para que os atendimentos sejam racionalizados e aprimorados.
Para
o autor, senador Vital do Rêgo, (PMDB-PB), esta é uma forma de minimizar a
dificuldade de acesso a leitos de UTI: a articulação dos entes municipais por
meio da atuação dos gestores estaduais.
O
relator da proposta, senador Humberto Costa (PT-PE), que é favorável ao projeto,
afirma que atualmente, diante da carência de vagas em serviços próprios, os
gestores são obrigados a contratar leitos em hospitais particulares, o que
acarreta enormes gastos.
Humberto
frisou que os recursos atualmente despendidos nas internações compulsórias
poderiam ser aplicados na instalação de leitos em hospitais públicos, caso os
gestores do SUS se dedicassem ao planejamento da instalação das unidades e na
identificação de aspectos que influenciam as decisões.
Esses
dois projetos são terminativos na
CAS, ou seja, se forem aprovados sem recurso para votação em plenário, seguirão direto para análise da Câmara
dos Deputados.
Grifo nosso
Fonte: Agência Senado
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