segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Faturamento de indústria farmacêutica cresce 16%

A indústria farmacêutica nacional fechou os 12 meses encerrados em novembro com alta de 16% no faturamento e de 12% em unidades vendidas, segundo dados do IMS Health, que audita o setor em todo o mundo.

No período, o faturamento alcançou R$ 57 bilhões. Só os medicamentos genéricos foram responsáveis por uma receita de R$ 13,5 bilhões --23,7% do total.

O resultado anual do mercado brasileiro deverá apresentar números semelhantes.

O crescimento na casa dos dois dígitos vem na esteira do baixo nível de desemprego do país, de acordo com o presidente do Sindusfarma (sindicato do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.

``Pessoas que estão trabalhando cuidam melhor da saúde. Qualquer problema, podem ir à farmácia ou ao pronto-socorro. O segmento de planos de saúde também tem se beneficiado com isso``, afirma o executivo.

Apesar da expansão, Mussolini afirma que as farmacêuticas estão perdendo rentabilidade em decorrência do preço da mão de obra e da carga de tributos.

Enquanto o preço médio dos remédios subiu 4,5% neste ano e 3,7% em 2012, o salário do trabalhador avançou 8,5% e 8%, respectivamente.

``Os custos pressionam. Com a venda em alta, não é possível cortar gastos com profissionais. As companhias podem acabar precisando reduzir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento,`` acrescenta.

A desvalorização do real também prejudica o setor, que importa grande parte da matéria-prima.

``Além da depreciação cambial, o preço dos insumos aumentou no exterior. A elevação é de cerca de 30% nos últimos dois anos.``

A entidade prevê alta entre 12% e 14% para 2014. 

Fonte: Folha de S.Paulo

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