terça-feira, 3 de dezembro de 2013

IBGE: Alguns importantes indicadores sociais relacionados à saúde brasileira de 2013

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira (29) o relatório em que avalia os indicadores sociais relacionados à saúde brasileira de 2013.

O estudo revela que o percentual da população com plano de saúde aumentou 24,7%.

O relatório, que analisou dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, estima também que a cobertura de plano de saúde no está concentrada regionalmente, com 64% dos planos no Sudeste, em 2012.


Em 2002, a proporção era 17,9%.

Estados com maior cobertura são:

  • São Paulo, com 43,6%;
  • Rio de Janeiro, com 36,6%;
  • Espírito Santo, com 32,6%.
Estados com menor cobertura são:

·       Nordeste, como Piauí 7,4%;
·       Tocantins 7,0%;
·       Maranhão 6,6%;
·      Roraima 6,6%;
·      Acre 5,6%.


Proporção de médicos por habitante - O IBGE também destaca que faltam médicos no país como um todo, mas a desigualdade regional também é muito acentuada.

Enquanto o Ministério da Saúde recomenda a proporção de 2,5 médicos por mil habitantes, a média brasileira está em 1,95, variando de 0,98 na Região Norte a 2,61 no Sudeste.

Os dados, de 2011, são do Conselho Federal de Medicina.

Quanto aos investimentos, o IBGE identifica um direcionamento de recursos para a atenção básica.

Em 2002, 17,4% da população eram cobertos por equipes da Saúde da Família, índice que subiu para 54,8% em 2012, distribuídos por 5.297 municípios.


O estudo também destaca:

·         diminuição dos indicadores de mortalidade infantil e materna;
·         aumento dos índices de tratamento da aids e de capilaridade da atenção básica.


Por outro lado:

·         falta de avanços para proporcionar mais qualidade de vida relativa ao envelhecimento;
·          e de pesquisas para tratar doenças que ainda têm alta incidência no país, como a malária.

Gastos com saúde - De acordo com o IBGE, o desafio do país é chegar a um sistema “de cobertura universal e atendimento integral”:

  • mais da metade (56,3%) das despesas em saúde vêm das famílias, com o consumo final de bens e serviços;
  •  43,7% vêm de gastos públicos.
Nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a parte de gastos públicos é de 70%.

O IBGE também divulgou que, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, os gastos com saúde representaram 7,2% do total das famílias.

Destinação dos gastos das famílias com saúde:

  • compra de medicamentos 48,6%;
  • planos de saúde 29,8%;
  • consulta e tratamento dentário 4,7%.
As famílias de menor renda gastam mais com exames (5,1%) e consultas médicas (4,4%) do que as de maior renda.

Também têm menor acesso a planos de saúde, o que na avaliação do IBGE, "pode refletir em carências de cobertura do SUS nesses serviços".

Adaptação do texto: João Bosco

Grifo nosso

Fonte: G1 / IBGE / Agência Brasil / Diagnóstico Web

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