O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira
(29) o relatório em que avalia os indicadores sociais relacionados à saúde
brasileira de 2013.
O
estudo revela que o percentual da população com plano de saúde aumentou 24,7%.
O
relatório, que analisou dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, estima
também que a cobertura de plano de saúde
no está concentrada regionalmente, com 64%
dos planos no Sudeste, em 2012.
Em
2002, a proporção era 17,9%.
Estados com maior cobertura
são:
- São Paulo, com 43,6%;
- Rio de Janeiro, com
36,6%;
- Espírito Santo, com 32,6%.
Estados com menor cobertura
são:
·
Nordeste,
como Piauí 7,4%;
·
Tocantins 7,0%;
· Maranhão 6,6%;
· Roraima 6,6%;
· Acre 5,6%.
Proporção de médicos por
habitante - O
IBGE também destaca que faltam médicos no país como um todo, mas a desigualdade
regional também é muito acentuada.
Enquanto
o Ministério da Saúde recomenda a proporção de 2,5 médicos por mil habitantes,
a média brasileira está em 1,95, variando
de 0,98 na Região Norte a 2,61 no Sudeste.
Os
dados, de 2011, são do Conselho Federal de Medicina.
Quanto
aos investimentos, o IBGE identifica um direcionamento de recursos para a atenção
básica.
Em
2002, 17,4% da população eram
cobertos por equipes da Saúde da Família,
índice que subiu para 54,8% em 2012,
distribuídos por 5.297 municípios.
O estudo também destaca:
·
diminuição
dos indicadores de mortalidade infantil e materna;
·
aumento
dos índices de tratamento da aids e de capilaridade da atenção básica.
Por outro lado:
·
falta
de avanços para proporcionar mais qualidade de vida relativa ao envelhecimento;
·
e de pesquisas para tratar doenças que ainda
têm alta incidência no país, como a malária.
Gastos com saúde - De acordo com o IBGE, o desafio do
país é chegar a um sistema “de cobertura universal e atendimento integral”:
- mais da metade (56,3%)
das despesas em saúde vêm das
famílias, com o consumo final de bens e serviços;
- 43,7% vêm de gastos públicos.
Nos
países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a parte
de gastos públicos é de 70%.
O
IBGE também divulgou que, de acordo com a Pesquisa
de Orçamentos Familiares 2008/2009, os gastos com saúde representaram 7,2%
do total das famílias.
Destinação dos gastos das
famílias com saúde:
- compra de medicamentos
48,6%;
- planos de saúde 29,8%;
- consulta e tratamento
dentário 4,7%.
As
famílias de menor renda gastam mais
com exames (5,1%) e consultas médicas (4,4%) do que as de maior renda.
Também
têm menor acesso a planos de saúde, o que na avaliação do IBGE, "pode
refletir em carências de cobertura do SUS nesses serviços".
Adaptação do texto: João
Bosco
Grifo nosso
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