Médicos
e enfermeiros querem alterar projeto que regulamenta profissão de
instrumentador cirúrgico.
A
senadora Ana Rita (PT-ES) afirmou, nesta terça-feira (2), que vai trabalhar
pela aprovação, até o final do ano, do
projeto de lei que regulamenta a profissão de instrumentador cirúrgico (PLC
75/2014), do deputado George Hilton (PRB-MG).
A
regulamentação foi o tema da audiência pública realizada pela Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta manhã, com a
participação de profissionais da área médica, que manifestaram interesse em
apresentar sugestões de modificações. Eles terão até a próxima terça-feira (9)
para apresentar suas propostas.
Sugestões
A
audiência da CDH teve a finalidade de obter subsídios para a senadora Ana Rita
elaborar seu relatório sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS ) na Comissão de
Assuntos Sociais. Relatora da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS),
ela afirmou que busca a harmonia entre os profissionais que atuam com o
instrumentador cirúgico: os médicos e os enfermeiros. [...]
[...]
O papel do instrumentador cirúrgico ele é específico.
É
algo que começa e termina no ato da cirurgia. Embora ele seja um dos primeiros
a chegar porque tem o papel de cuidar de todos os instrumentos, é o último a
sair porque precisa também cuidar dos instrumentos pós-cirúrgicos — comentou a
senadora.
A
representante do Cofen, Irene Alves
Ferreira, afirmou que sua categoria é
contra a aprovação do projeto da forma como se encontra, pois entende que
diversas das atribuições previstas na nova regulamentação já são de competência
dos enfermeiros.[...]
[...]
A sugestão do Conselho Federal de
Medicina, de acordo com o vice-presidente da instituição, Mauro Luiz
Ribeiro, diz respeito ao artigo que, no
entender dos médicos, pode dar uma autonomia excessiva aos instrumentadores
durante o ato cirúrgico. [...]
[...]
A representante da Associação Nacional
dos Instrumentadores Cirúrgicos (ANIC), Maria Laura Savieto Alves, chamou
atenção para as características específicas da profissão. Ela lembrou que o
instrumentador, como o médico, não tem carga horária de trabalho, pois é o
primeiro a entrar na sala de cirurgia e o último a sair, independemente do
tempo que durar o ato. Também destacou a importância da qualificação e reciclagem
do profissional. [...]
[...]
O PLC 75/2014 já foi aprovado na Câmara
dos Deputados.
Embora
tenha sido objeto de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, a
proposta está em análise na Comissão de Assuntos Sociais.
Depois
terá que passar pelo Plenário do Senado.
Se
for aprovada com mudanças terá que voltar à Câmara.
Grifo nosso
Fonte: Agência Senado
Imagem: treinamentosecursos.net
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