sexta-feira, 15 de julho de 2016

ES: Médicos processam pacientes por ofensas no Facebook


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Conforme apurado pelo jornal A Tribuna, falar mal de médicos nas redes sociais, como o Facebook, tem resultado em ações judiciais.

Profissionais da saúde que se sentem ofendidos e com a imagem prejudicada com as publicações estão processando pacientes.

Essa prática tem aumentado cada vez mais e pode ser citada no novo Código de Ética Médica, que será reformulado.

As propostas estão sendo enviadas pela internet e serão analisadas pelo Conselho Federal de Medicina.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRMES), Carlos Magno Pretti Dalapicola, confirmou que tem aumentado bastante o número de médicos que processam pacientes em casos de postagens ofensivas na internet.

”O médico entra na Justiça para que a pessoa justifique a ofensa e comprove o mau atendimento dito. Isso expõe a imagem de um profissional sem ter evidências de que o fato aconteceu”, afirmou. Ele contou que esses casos têm sido mais frequentes e que, em casos em que o paciente não comprova a acusação, há penalidades.

”Estamos em fase de revisão do Código de Ética, para inserir, retirar ou alterar artigos. Pode ser que nessa revisão conste algo nesse sentido, porque é algo novo que tem acontecido com mais frequência. Não sabemos o número de processos, mas aumentou.”

Dois casos recentes de ofensas a médicos foram julgados pela Justiça Estadual do Espirito Santo.
Em um deles, uma dona de casa foi obrigada, no início do ano, a retirar uma publicação em que relata ”péssimo” atendimento em um hospital na Serra/ES.

No texto, a médica que atendeu a filha da dona de casa foi chamada de ”monstro”, ”senhora cheia de botox” e ”ser bizarro”, entre outras ofensas. Com a decisão a favor da médica, a paciente foi obrigada a retirar o texto e, caso não o fizesse, deveria pagar R$ 500 de multa por dia.

Em outro caso, um médico pediu a remoção de uma página no Facebook por conter reclamações de pacientes que diziam ter problemas em seu consultório.

No primeiro momento, o juiz responsável pela ação acatou o pedido.

Porém, após recurso, foi decidido que a página deverá ser mantida, pela liberdade de expressão prevalecer.

Acusações precisam de evidências – Os crimes

Injúria – todo xingamento dito a alguém. Por exemplo, chamar o outro de burro, caloteiro ou ladrão sem indicar um fato, uma evidência;

Difamação – quando se denigre ou ofende a imagem de alguém. Um exemplo é acusar um médico de mau atendimento em público, para atingir a sua reputação com a intenção de torná-lo passível de descrédito na opinião pública;

Calúnia – quando se acusa alguém de atos como roubo sem ter prova. A condenação do acusado só ocorre se houver provas;

As penalidades – pelo código penal, quem pratica esses crimes pode ser punida com prisão de três meses a três.

Grifo nosso
Fonte: FENAM/Saudejur
Imagem:brandsoftheworld.com

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