sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ONDE ESTÁS O ATO MÉDICO?


Objeto de muitas discussões ao longo de 11 anos no parlamento brasileiro, na sociedade civil, nas entidades representativas, nos Conselhos Regionais e Federal de Medicina, não se consegue  a aprovação e sanção da lei que regulamenta o ato médico.

Regulamentação essa que se viesse atrelada à Lei 3.268/57 que instituiu o Conselho Federal de Medicina já se fazia tardia.

Enquanto isso, as profissões que de alguma forma trabalham perifericamente à medicina se agrupam, se organizam e consequentemente encampam as atribuições do médico que ainda hoje lutam para a regulamentação de sua atribuição e agora, vencidos pelo cansaço, aceitaram em linhas gerais o texto em aprovação no Senado da República ( PL 268/2002 Lei do Ato Médico) muito aquém daquilo que os profissionais médicos almejavam - leia nesse BLOG matéria pertinente datada 21/01/2013.

Nesse contexto, pode-se afirmar que, tamanho foi o lobby e a pressão por parte de outras profissões sobre o projeto originário que, após sacudir a roseira restou ao profissional médico contabilizar as pétalas que sobraram e medir o tamanho dos espinhos.

No último dia 31 de janeiro de 2013, o governo por intermédio do Ministério do Trabalho divulgou uma lista de atualização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) reconhecendo 59 novas profissões dentre as quais, algumas ligadas à área da saúde.

Dentre as 59 inseridas no relatório nada menos que 12 profissões estão direta ou indiretamente ligadas à área da medicina, notadamente, resguardando o respeito aos profissionais citados associada à discordância de alguns.

São elas: osteopatas,quiropraxistas, profissionais da inteligência profissionais das terapias criativas e equoterápicas, técnicos da inteligência, fonoaudiólogo educacional, fonoaudiólogo em audiologia, fonoaudiólogo em disfagia, fonoaudiólogo em linguagem, fonoaudiólogo em motricidade orofacial, fonoaudiólogo em saúde coletiva, fonoaudiólogo em voz e finalmente, técnico de suporte à inteligência.

Segundo o informe do Ministério do Trabalho “ a CBO retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro. A atualização e modernização do documento ocorrem para acompanhar o dinamismo das ocupações e mudanças econômicas, sociais e culturais pelas quais o país passa. Essas modificações e inclusões são elaboradas com a participação efetiva de representantes dos profissionais de cada área, em todo o país. [...]
[...] As novas atualizações buscam atender as demandas do público em geral e entidades governamentais como: Ministério da Saúde; do Desenvolvimento Social; do Turismo; Secretária de Direitos Humanos; Policia Federal; Classificação Internacional Uniforme de Ocupações (CIUO) da Organização Internacional do Trabalho; entre outros.
Valendo-se dos fatos, pode-se afirmar que a luta para a aprovação e sanção da Lei do Ato Médico não deve mais tardar. É papel da classe médica e os demais envolvidos se mobilizarem com maior pressão e contundência junto aos membros da Comissão de Educação Esporte e Lazer no Senado Federal onde hoje tramita o projeto cuja a presidente é a senadora Lúcia Vânia do Estado de Goiás.
Pior ainda seria para o profissional médico, aguardar a atualização de uma nova classificação a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego.

Comentário: João Bosco
Fonte: Site MTE

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