O presidente da
Federação Nacional dos Médicos (FENAM), dr. Jorge Darze, e o advogado da
entidade, dr. Luis Felipe Buaiz, estiveram presentes em audiência ontem (25/07)
com o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),
Alexandre Barreto, para conversar sobre a lei que regula os contratos entre os
médicos e empresas, a lei 13.003/2014.
Durante a reunião,
Darze expôs para o presidente do Cade, que a lei deveria trazer mais equidade
na relação entre médicos e empresas, mas ela não é colocada em prática, porque
os médicos ainda não conseguem negociar os contratos com as empresas, pois são
impostos de forma abusiva.
Segundo o presidente da
FENAM, as operadoras de planos de saúde obrigam aos médicos a trabalharem por
uma péssima remuneração. “Hoje a média de pagamento das operadoras é de R$60
por consulta, com isso, o médico acaba pagando para trabalhar, porque a
diferença do que se gasta em uma consulta e do que se recebe é muito dispare”,
declarou Darze.
Para 2017, o valor da
consulta estabelecido pela FENAM é de R$170, dessa forma, a média que as
empresas pagam aos médicos é quase três vezes menor. Estabelecendo contratos
que não remuneram adequadamente os profissionais e muito menos negociados.
Darze diz ainda que os
médicos, que mantêm o sistema de saúde não estão sendo atendidos ou protegidos
pelos órgãos fiscalizadores. “Onde que se busca aqui é um equilíbrio nessa
relação econômica”, relatou o presidente da FENAM.
De acordo com o dr.
Luis Felipe Buaiz, a razão para a audiência foi para promover um diálogo e
resolver a situação de desigualdade imposta pelas operadoras. “O que se quer
chegar é a um cenário em que o médico possa e queira trabalhar”, disse o
advogado da FENAM.
No final da audiência,
Darze entregou ao presidente do Cade um documento com reivindicações sobre a
questão. “Nós, da FENAM, estamos a disposição do Cade para resolver esse
assunto”, finalizou.
O presidente do Cade se
dispôs a estudar e tentar resolver a situação. “Vou receber esse pedido e vou
estudar pessoalmente e se verificado o abuso por parte das operadoras, o Cade
irá atuar”, prometeu Barreto.
Fonte: FENAM
Imagem:thiagoconpam.com.br
Curta e compartilhe no Facebook
Sem comentários:
Enviar um comentário