As autoridades
governamentais ainda devem explicações da não divulgação dos exames aplicados
aos médicos intercambistas uma vez que, últimas informações dão conta que num universo de 566 que prestaram o
exame, 90% foram aprovados em português e, na prova clínica, houve apenas uma
reprovação (
leia post 17/09/2013).
Faz-se imperioso uma vez
que, essa omissão fere a garantia constitucional da transparência e publicidade
nas práticas públicas.
No segundo round
protela-se a divulgação do resultado do exame REVALIDA segundo a matéria a
seguir, no sentido de não alcançar ressonância na fala dos órgãos representativos
da classe e por extensão, na sociedade como um todo sobretudo no Congresso Nacional.
Eis matéria:
Governo
adia nota de Revalida para depois da votação do Mais Médicos
O
governo adiou a divulgação do resultado da primeira fase do Revalida -exame
federal de revalidação de diplomas de profissionais formados no exterior para
depois da votação do programa Mais Médicos no Congresso.
Interlocutores
presidenciais afirmam que o índice de
aprovação deve ficar próximo de 8% -seria o pior desempenho nessa fase da
prova desde que o exame foi oficializado, em 2011.
Naquele
ano, a aprovação na primeira fase atingiu 14,2% dos 677 inscritos.
No
ano seguinte, dos 884 candidatos que fizeram a prova, apenas 12,5% passaram
para a prova prática.
Ou seja: nos dois anos do exame, o índice médio ficou em
torno de 13%.
Nos bastidores, integrantes
do próprio governo estranham a demora no anúncio do resultado.
A hipótese deles é que a divulgação de um índice ruim
poderia tumultuar o debate no Legislativo.
O
texto da medida provisória já foi aprovado na Câmara e pode ser apreciado hoje
pelo Senado.
Uma
das principais críticas de entidades médicas e de congressistas ao programa é
justamente a permissão para que médicos formados no exterior atuem no Brasil
sem revalidar o diploma.
Com
isso, representantes da categoria dizem que não seria possível avaliar com
precisão a qualidade da formação desses profissionais.
De
acordo com a medida, a atuação sem Revalida será aceita em local específico e
por um determinado período.
O
governo justifica que, se o exame fosse exigido no programa, os médicos
aprovados poderiam trabalhar em qualquer lugar do país, o que poderia
inviabilizar a medida.
A
proposta do Mais Médicos é reduzir o deficit de profissionais de saúde em
cidades do interior e na periferia.
Editoria de Arte/Folhapress
EVENTO
Inicialmente previsto para
11 de setembro, o
resultado da primeira fase do exame foi
adiado para 26 de setembro e, duas semanas depois, para 28 de outubro.
No ano passado, a prova dos 884 candidatos que
compareceram ao teste foi corrigida em
30 dias.
Seguindo
essa média, neste ano o tempo de
correção da prova seria de 54 dias. Com as prorrogações, o prazo será de 64.
A justificativa oficial para a segunda prorrogação, segundo
nota técnica obtida pela Folha, foi a realização, no mesmo período, de
congresso médico em Pernambuco.
"É
um evento de grande porte, que conta com a participação de um grande número de
médicos, e sua realização dificulta a definição da banca de examinadores para a
segunda fase", diz trecho.
Procurado,
o Inep (órgão responsável pela prova) informou que o grande número de médicos
inscritos no Revalida "superou a estimativa de tempo para análise dos
recursos interpostos pelos candidatos". Neste ano, 1.582 candidatos
fizeram a prova.
O
órgão disse ainda que o congresso foi um "fator que, associado aos demais
motivos já expostos, levou, por solicitação da comissão e dos aplicadores, à
prorrogação".
PERFIL
Dos
médicos inscritos no Revalida neste ano, 55,8%
são de profissionais formados na Bolívia.
Em seguida, aparecem candidatos graduados em Cuba e Paraguai.
Do
total de candidatos que tentam a revalidação, brasileiros são maioria (52,8%).
Comentário: João Bosco
Grifo nosso
Fonte: Folha de São Paulo / Natuza
Nery / Flávia Foreque
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