A
Câmara dos Deputados analisa a regulamentação da profissão de quiropraxista –
profissional que trata de disfunções articulares capazes de interferir nos
sistemas nervoso e musculoesquelético do corpo humano.
A
regulamentação está prevista no Projeto de Lei 114/15, do deputado Alceu
Moreira (PMDB-RS).
O
texto define o procedimento terapêutico quiroprático como o que se utiliza de
força controlada, alavanca, direção específica, baixa amplitude e alta
velocidade em segmentos articulares específicos e em tecidos para tratar um
Complexo de Subluxação.
Esse
complexo é definido no texto como um uma disfunção motora que envolve
alterações em tecidos nervosos, musculares, ligamentosos, vasculares e
conectivos.
Exercício da profissão
O
projeto determina que a quiropraxia só
poderá ser exercida por:
-
portador de diploma de bacharelado em quiropraxia;
-
portador de diploma de quiropraxia conferido por instituição de ensino
estrangeira, devidamente reconhecido e revalidado no Brasil;
-
profissionais que até a promulgação da nova lei tenham comprovadamente exercido
atividades de quiropraxista por prazo não inferior a cinco anos e que sejam
aprovados em exames de proficiência aplicados por órgão competente.
O
texto estabelece que o exercício da profissão depende ainda de registro no
respectivo órgão competente, a ser instituído em regulamento.
Atribuições
De
acordo com a proposta, caberá ao
quiropraxista:
-
realizar o diagnóstico quiroprático dentro de sua área de atuação;
-
participar do planejamento, da execução e da avaliação dos programas de saúde
pública;
-
solicitar exames complementares para subsidiar o plano terapêutico
quiroprático;
-
encaminhar o paciente para os demais profissionais de saúde, atuando em
associação ou colaboração com os mesmos; entre outras atribuições.
“Apesar
de toda a estrutura da profissão de Quiropraxia no mundo, das recomendações da
Oraganização Mundial da Saúde (OMS) para a formação básica e segurança em
Quiropraxia, dos cursos universitários oficialmente estabelecidos no País há
mais de uma década, a não regulamentação por Lei tem dado margem para diversos
cursos livres, sem qualquer controle, ministrados por pessoas que sequer tem
formação na área, aumentando os riscos de retrocesso da ciência e da
fundamentação acadêmica”, defende o autor da proposta.
Tramitação
O
projeto será analisado, conclusivamente, pelas comissões de Educação; de
Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Grifo nosso
Fonte: poderesaude.com.br
Imagem: Reprodução
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