segunda-feira, 25 de março de 2013

Cursos de medicina podem ter de garantir mínimo de vagas na residência



Esse BLOG já teceu inúmeros comentários a despeito da decadência das escolas de medicina do Brasil sobretudo, no que tange na escassa proporção conclusão / residência médica.

Segundo estatísticas do site Escolas Médicas, somente 30% delas detêm curso de residência que  supre a necessidade ( não por completo) no que tange à demanda dos acadêmicos formandos concernente à residência médica. 

O curso de medicina é um dos poucos para não dizer o único, que o acadêmico pra completar parcialmente sua formação tem que enfrentar 03 "vestibulares".

O primeiro "vestibular" é após a conclusão do ensino médio. O segundo "vestibular" é a que concorre a uma vaga na residência médica, o terceiro "vestibular" é para ingressar no curso de especialização.

Ainda restam o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado mas, isso é uma outra história.

Numa análise geral, um país que prioriza o viés da falta de qualidade do ensino adotando cotas de inserção nas universidades e faculdades em detrimento à qualificação dos docentes e melhor aprimoramento da pré-escola, ensino fundamental e médio, há de se esperar pouco na eficácia e eficiência do ensino como um todo uma vez que, estando a base escolar não consolidada, a tendência natural dos cursos superiores é seguirem a máxima do nível que o antecedeu. 

Afinal, será que existe no sistema de cotas algum mecanismo oculto de melhoria da qualidade de ensino que somente os governantes e legisladores conseguem enxergar?

Deixando de lado a discussão das mazelas, nesse caso específico, seria um alento se o projeto de lei em voga, não ficasse parado naquelas comissões da Câmara e percorresse essa via sacra em tempo hábil, que aí sim, poderia ser vislumbrada uma luz no fim do túnel.

Eis a matéria:

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4914/12, que obriga faculdades de medicina a viabilizarem vagas e bolsas de residência médica na proporção de, no mínimo, 50% da oferta de lugares no curso de graduação.

Para isso, conforme a proposta do deputado Eleuses Paiva (PSD-SP), as faculdades deverão assinar convênios com instituições de ensino que disponham de hospitais ou com instituições de saúde públicas ou privadas interessadas que disponham de infraestrutura adequada.

Como contrapartida, entidades que celebrarem o convênio com faculdades receberão os mesmos benefícios de um hospital de ensino, e todos os incentivos financeiros em vigor para o desenvolvimento do programa.

Treinamento

De acordo com Eleuses Paiva, atualmente, em torno de apenas 50% dos recém-formados em medicina conseguem fazer residência. “Isso é lamentável, haja vista que essa modalidade de ensino torna-se uma necessidade indiscutível para o exercício adequado da profissão”, argumenta.

O deputado lembra que a residência caracteriza-se como treinamento em serviço. “Ela funciona sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, cujos orientadores são médicos de elevada qualificação ética e profissional”, diz.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Cometário: João Bosco

Grifo nosso

Fonte: Blog Poder e Saúde / Agência Câmara Notícias

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