A médica Virgínia Helena
Soares de Souza, acusada de promover a morte de pacientes na UTI do Hospital
Evangélico de Curitiba e que estava presa preventivamente desde o dia 19 de
fevereiro, foi solta na tarde desta quarta-feira (20).
Virgínia, que era chefe da
UTI desde 2006, foi denunciada sob acusação de sete homicídios e formação de
quadrilha. Outras mortes também estão sendo investigadas pela polícia.
A Justiça expediu o alvará
de soltura na tarde desta quarta-feira. Por volta das 16h, a médica deixou o
Centro de Triagem 1, no centro de Curitiba. Ela não falou com a imprensa e saiu
no carro de seu advogado.
Segundo sua defesa, ela
seguiu para sua casa, em Curitiba, para "descansar". Ela nega as
acusações e diz que elas se devem a um "entendimento errôneo de termos
médicos".
Além de Virgínia, outras
sete pessoas foram denunciadas à Justiça sob acusação de envolvimento no
esquema. Todas negam as denúncias.
A médica Virginia Helena Soares
de Souza, medica chefe da UTI do hospital Evangélico, ao ser presa pela Polícia
Civil
MORTES
A Justiça do Paraná aceitou
na semana passada a denúncia (acusação formal) contra oito pessoas acusadas de
provocar a morte de pacientes. Entre eles estão quatro médicos, três
enfermeiros e uma fisioterapeuta. Eles devem responder pelos crimes de
homicídio qualificado e formação de quadrilha. Todos negam as acusações.
De acordo com o Ministério
Público, os profissionais agiam sob o comando da ex-chefe da UTI. A denúncia,
que diz respeito a sete mortes, afirma que ela ordenava a aplicação de
bloqueadores neuromusculares ou anestésicos, e então diminuía a quantidade de
oxigênio nos respiradores ligados às vítimas, provocando a morte por asfixia.
Todos esses passos, segundo
o Ministério Público, estão registrados nos prontuários. "Não havia
indicação terapêutica justificada para que os pacientes recebessem esses
medicamentos", afirma a promotora Fernanda Garcez. (ESTELITA HASS CARAZZAI)
Fonte: Folhaonline 16:45hs
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