terça-feira, 23 de abril de 2013

Até título de capitalização substitui fiador no aluguel


Uma dificuldade latente entre os profissionais sobretudo os médicos, que mormente migram para outras cidades em busca de melhores oportunidades e, ao se instalar na cidade com o claro intuito de montar seu consultório através da locação de um imóvel, esbarra nos pré-requisitos de garantia dentre eles a difícil tarefa em conseguir um fiador.

Certamente, as garantias que as imobiliárias exigem como a que o fiador deva ter um bem próprio na cidade com valor de no mínimo 6 vezes o valor do contrato, inviabiliza sobremaneira esse importante passo a ser dado.

Em função disso, foram criadas alternativas das quais, o seguro-fiança e o título de capitalização que o proponente faz junto a uma instituição bancária em que, caso haja inadimplência, a imobiliária possa sacar o numerário.

Bom para todos. Ganha a imobiliária com a garantia, e ganha o inquilino uma vez que adquire a desnecessidade de sair à caça de um fiador o que, é recorrente a característica da desconfiança e por conseguinte, a humilhação.

Segundo o SECOVI / SP – Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo -  atualmente o seguro está presente em 20,5% dos contratos. Há cerca de cinco anos, era a garantia de 17%.

Ainda segundo o SECOVI /SP, o depósito em dinheiro, ou caução, ainda tem ampla presença no mercado: é a garantia de cerca de 32% dos contratos.

Pela Lei do Inquilinato, essa garantia deve ser limitada a até três vezes o valor do aluguel. Ao fim do contrato, o valor é devolvido com correção, feita geralmente pela poupança.

A caução é usada, geralmente, por pessoas que não têm suas fichas aprovadas nas seguradoras e não conhecem ninguém que possa servir de fiador, diz Bushatsky, do Secovi-SP.

A opção por uma modalidade ou outra depende da situação financeira do inquilino e também da disponibilidade do proprietário do imóvel. Até por isso, o fiador ainda é a garantia mais comum, apesar de sua participação no mercado ter caído de 70%, há dez anos, para 47,5%, atualmente.

Grandes empresas do setor de seguros, como Porto Seguro e Sul América,  oferecem títulos de capitalização específicos para aluguel. O valor do título é acertado entre o inquilino e o dono do imóvel, mas geralmente varia de três a 12 aluguéis.

Enquanto o contrato de aluguel estiver valendo, o título serve como garantia: caso o inquilino não pague suas dívidas, o dono do imóvel pode usar o dinheiro para este fim. Durante o contrato, o inquilino também pode participar de sorteios de prêmios em dinheiro. Ao fim do prazo, se não estiver devendo nada ao proprietário, ele pode sacar o valor, que é corrigido pela TR.

"Uma das vantagens do título é a possibilidade de o inquilino e o proprietário poderem discutir juntos o valor da garantia, incluindo na conta, por exemplo, valores de aluguel, IPTU e condomínio", diz Stefano Zangari Júnior, diretor imobiliário da administradora Zangari. O fato de o dinheiro ter de ser desembolsado de uma só vez, porém, pode representar uma dificuldade para algumas pessoas.

Comentário: João Bosco

Fonte: UOL

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