sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Proibição de venda de inibidores de apetite causou polêmica no Congresso


Resultado de imagem para imagem inibidores de apetite

A venda voltou a ser liberada depois que deputados e senadores aprovaram um projeto que suspendia a proibição imposta pela Anvisa.

Medicamentos usados para ajudar no emagrecimento provocam debates acalorados no Congresso Nacional há mais de 3 anos.

Em audiências públicas na Comissão de Seguridade Social e Família e no Plenário da Câmara, deputados divergiram várias vezes da posição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto.

Em 2011, por meio da Resolução 52/11, a Anvisa proibiu a produção e a venda, sob prescrição médica, dos medicamentos que auxiliam no emagrecimento, entre eles os com princípio ativo anfepramona, femproporex e mazindol.

No entanto, no primeiro semestre deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou a volta da venda desses inibidores.

Pelo Projeto de Decreto Legislativo 1123/13, do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), a resolução é suspensa.

Na semana passada, foi a vez de o Senado Federal aprovar o projeto.

Excesso de peso

Metade da população brasileira está acima do peso, sendo que 17,5% são obesos.

Dados do Ministério da Saúde mostram que a receita para uma vida saudável passa longe de muitas casas: só 19% dos homens e 27% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, que é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mudanças de hábito - como a troca do feijão com arroz, carne e salada por comida industrializadas - levaram o Brasil ao 5º lugar no ranking mundial da obesidade.

Para o deputado Mandetta (DEM-MS), ex-presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, é preciso aumentar a fiscalização em vez de proibir a venda.

Remédio

A Anvisa alega que faltam estudos para comprovar a segurança e a eficácia dos emagrecedores, e, por isso, é contra a venda desses medicamento.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia, no entanto, defende o uso controlado dos inibidores de apetite. Segundo os endocrinologistas, a proibição deixa os médicos sem opções de tratamento dos pacientes que precisam perder peso, mas não têm indicação cirúrgica.

“O medicamento por si só promove perda de peso, mas não é superior ao que a gente consegue com mudança de hábitos”, afirma a nutricionista do Departamento Médico da Câmara Aline Mariath Brandão.

A nutricionista lembra que a liberação dos remédios para emagrecer não resolve o problema do ponto de vista da saúde pública. Para isso, na avaliação de Aline Brandão, é preciso regular a propaganda de alimentos não saudáveis, incentivar a alimentação saudável e a prática de exercícios. [...]

Grifo nosso
Fonte: Agência Câmara
Imagem: wwwclassificados-brasil

Curta e compartilhe no Facebook

Sem comentários:

Enviar um comentário