A
venda voltou a ser liberada depois que deputados e senadores aprovaram um
projeto que suspendia a proibição imposta pela Anvisa.
Medicamentos
usados para ajudar no emagrecimento provocam debates acalorados no Congresso
Nacional há mais de 3 anos.
Em
audiências públicas na Comissão de Seguridade Social e Família e no Plenário da
Câmara, deputados divergiram várias vezes da posição da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto.
Em
2011, por meio da Resolução 52/11, a Anvisa proibiu a produção e a venda, sob
prescrição médica, dos medicamentos que auxiliam no emagrecimento, entre eles
os com princípio ativo anfepramona, femproporex e mazindol.
No
entanto, no primeiro semestre deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou a volta
da venda desses inibidores.
Pelo
Projeto de Decreto Legislativo 1123/13, do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS),
a resolução é suspensa.
Na
semana passada, foi a vez de o Senado Federal aprovar o projeto.
Excesso de peso
Metade
da população brasileira está acima
do peso, sendo que 17,5% são obesos.
Dados
do Ministério da Saúde mostram que a receita para uma vida saudável passa longe
de muitas casas: só 19% dos homens e 27% das mulheres comem cinco porções por
dia de frutas e hortaliças, que é o recomendado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS).
Mudanças
de hábito - como a troca do feijão com arroz, carne e salada por comida
industrializadas - levaram o Brasil ao 5º lugar no ranking mundial da obesidade.
Para
o deputado Mandetta (DEM-MS), ex-presidente da Comissão de Seguridade Social e
Família, é preciso aumentar a fiscalização em vez de proibir a venda.
Remédio
A
Anvisa alega que faltam estudos para comprovar a segurança e a eficácia dos
emagrecedores, e, por isso, é contra a venda desses medicamento.
A
Sociedade Brasileira de Endocrinologia,
no entanto, defende o uso controlado dos
inibidores de apetite. Segundo os endocrinologistas, a proibição deixa os
médicos sem opções de tratamento dos pacientes que precisam perder peso, mas
não têm indicação cirúrgica.
“O
medicamento por si só promove perda de peso, mas não é superior ao que a gente
consegue com mudança de hábitos”, afirma a nutricionista do Departamento Médico
da Câmara Aline Mariath Brandão.
A
nutricionista lembra que a liberação dos remédios para emagrecer não resolve o
problema do ponto de vista da saúde pública. Para isso, na avaliação de Aline
Brandão, é preciso regular a propaganda de alimentos não saudáveis, incentivar
a alimentação saudável e a prática de exercícios. [...]
Grifo nosso
Fonte: Agência Câmara
Imagem: wwwclassificados-brasil
Curta e compartilhe no
Facebook
Sem comentários:
Enviar um comentário