sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Mantida flexibilização da presença de farmacêutico em farmácias


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O deputado Manoel Junior (PMDB-PB), relator da Medida Provisória das Farmácias (MP 653/14), manteve a flexibilização da exigência de farmacêutico em farmácias caracterizadas como pequenas ou microempresas e acatou emenda para permitir assistência do profissional de forma remota.

No relatório, apresentado nesta quinta-feira (13) à comissão mista que analisa a MP, o deputado reconhece que a presença obrigatória de farmacêutico, conforme determina a Lei 13.021/14, torna a dispensação dos medicamentos mais segura e de melhor qualidade.

No entanto, ele aponta deficit de profissionais para atender a demanda e dificuldades de cumprimento da norma por pequenas farmácias, especialmente em cidades do interior.

Frente a esse contexto, ele manteve a regra prevista na MP, de forma a permitir que farmácias caracterizadas como micro ou pequenas empresas possam funcionar com a presença de um prático inscrito no conselho da categoria, desde que o órgão sanitário de fiscalização local confirme a inexistência de farmacêutico na localidade.

Assistência remota


Manoel Junior ampliou o escopo da MP para permitir às farmácias colocar à disposição de seus clientes a assistência técnica do farmacêutico de forma remota, por meios telemáticos e informatizados, nos horários de intervalos da jornada de trabalho do farmacêutico titular, em caso de substituição temporária e nos finais de semana e feriados.

O relator também propõe incluir na Lei 5.991/73 a assistência remota no atendimento aos consumidores e como forma de supervisão em caso de licenciamento de estabelecimento sob a responsabilidade de prático de farmácia, técnico em farmácia ou do proprietário.

Ele sugere ainda que a validade da licença, hoje estabelecida em um ano, seja fixada pela autoridade sanitária local, podendo ser revalidada por períodos iguais e sucessivos.

O deputado acatou também sugestão para modificar a Lei 3.821/60, estabelecendo como competência dos Conselhos Regionais de Farmácia, na fiscalização da profissão farmacêutica, a aplicação de sanções e penalidades somente aos profissionais inscritos em seus quadros, vedando a aplicação de multas e outras sanções ao estabelecimento comercial.

A presidente da comissão mista, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), concedeu vista coletiva do relatório e anunciou para a próxima terça-feira (18), às 14h30, a discussão e votação do texto.

Contestação

A realização da reunião desta quinta-feira foi contestada pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP), que alegou falta de quórum e disse que pedirá sua anulação. Ele afirma que as assinaturas constantes na lista de presença foram coletadas no dia anterior, prática que, segundo ele, fere o regimento.

Vanessa Grazziotin repudiou as acusações e afirmou ter seguido norma regimental para a abertura da reunião, atestando a existência de número necessário de presenças registradas em livro.

Polêmica

[...] As entidades que representam os donos de farmácias dizem não haver número suficiente de farmacêuticos para cumprir a norma legal..

[...] Já as entidades que representam a categoria acusam as empresas de pressionar pela edição da MP, mostrando que o interesse econômico prevaleceu sobre o interesse da saúde. [...]


Grifo nosso
Fonte: Agência Câmara
Imagem:unimedvaledocai.com.br

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