As
maternidades podem ser obrigadas a realizar o chamado teste da linguinha nos
recém-nascidos. Um projeto de lei da Câmara, que exige o procedimento, está
pronto para ser votado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
De
autoria do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), o Projeto de Lei da Câmara
(PLC) 113/2013 obriga os hospitais e maternidades a realizarem o protocolo de
avaliação do frênulo da língua nos bebês.
O objetivo é o diagnóstico precoce da anquiloglossia
ou anciloglossia, mais conhecida como língua presa.
Segundo
o autor, a língua presa pode causar dificuldades na sucção, na deglutição, na
mastigação e na fala. A dificuldade na sucção causaria ainda o desmame precoce.
O
teste da linguinha nos recém-nascidos possibilitaria o tratamento imediato e
prevenção desses problemas.
Para
o relator da matéria, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), a medida é muito importante
para a saúde das crianças.
Ele
ressaltou o prejuízo que a doença pode causar nos primeiros dias e meses de
vida, já que afeta a amamentação, e também quando as crianças estão maiores.
“Em
etapas posteriores, outras funções, a exemplo da mastigação e da fala, também
podem ser prejudicadas. O distúrbio da fala ou da pronúncia (dislalia) pode
interferir nas atividades escolares, sociais e familiares da criança, o que
ressalta a importância do diagnóstico e do tratamento precoces da anomalia”,
afirmou Amorim.
De
acordo com o relator, o tratamento cirúrgico da anquiloglossia, quando
indicado, é simples, rápido e pode ser feito com anestesia local durante a
permanência do bebê no hospital.
Se
for aprovado pela CAS, o projeto seguirá para análise do Plenário do Senado.
Título original: CAS - Teste
da linguinha pode se tornar obrigatório em maternidades
Grifo nosso
Fonte: Agência Senado
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