quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Deputados querem médicos no Simples

Num breve esclarecimento, o imposto denominado Simples se equivale àquele em vigor no Brasil dispensados às micros e pequenas empresas no sentido de minorar os custos da atividade profissional no que diz respeito ao recolhimento de impostos.

Essa demanda é uma luta antiga das classes de profissionais liberais, pequenos escritórios de advocacia, jornalistas, clínicas enfim.

Em se adotando o Simples como proposto, o médico por exemplo, em seu consultório, no que tange ao recolhimento do INSS e do FGTS do empregado, contribuiria apenas com a parte da empresa sendo os demais impostos estabelecidos em um percentual de acordo com o faturamento da mesma.

Esse percentual é evolutivo em função do faturamento  do estabelecimento e corrigido anualmente em que se estabelece a valoração se porventura,  a empresa ou similar alcançar o teto daquela contribuição.


Ressalte-se que, pela legislação atual do Simples, em se abrindo uma filial ou se o proprietário se aliar a outra empresa, o benefício é suprimido.

Eis a matéria:

Deputados querem médicos no Simples

BRASÍLIA - Com o apoio da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, deputados preparam modificações na lei do Simples Nacional para incluir no regime de recolhimento unificado categorias como as de médicos, advogados e jornalistas.

A iniciativa contraria o governo porque vai na contramão do que prega a Fazenda, em meio a um cenário de aperto fiscal.

Em outra frente, os parlamentares vão tentar tirar os pequenos negócios da chamada substituição tributária do ICMS, o que promete reabrir uma disputa com governadores.

A atualização da lei do Simples, em debate numa comissão especial na Câmara, também tem por objetivo desburocratizar a abertura e o fechamento de pequenos negócios no País, processo que pode se arrastar por meses.

O projeto quer ampliar o leque de empresas beneficiadas pelo Simples Nacional, com a inclusão de ao menos 16 atividades.

O objetivo é que o enquadramento no Simples Nacional seja cada vez menos discricionário por setor de atividade e passe a se basear mais no faturamento.

Isso permitiria que esses setores recolhessem oito tributos em uma única guia e garantiria menor pagamento de imposto, sobretudo nas faixas mais baixas de enquadramento do Simples.

Os deputados preveem, no entanto, oposição da Fazenda.

O secretário executivo interino da Pasta, Dyogo Oliveira, já indicou em audiência pública no mês passado que o governo deve resistir à ideia, já que ela representa menos impostos.

``É de conhecimento de todos que estamos perseguindo meta de superávit apertada e ampliar desonerações poderia comprometer esse objetivo``, disse à época.

A Fazenda calcula que, em 2012, as empresas enquadradas no Simples Nacional representaram renúncia fiscal de tributos federais de R$ 49,5 bilhões.

Menos burocracia

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, também articula com o relator do projeto, deputado Claudio Puty (PT-PA), a inclusão de um dispositivo no texto que permita que a abertura e a baixa de uma micro ou pequena empresa ocorra exclusivamente de forma online. ``Isso vai diminuir enormemente o custo de transação para quem quer se formalizar``, justifica o relator.

Hoje, para abrir um negócio, o empreendedor precisa enviar documentos e se registrar em diversos órgãos, entre eles a Receita Federal e as secretarias de Fazenda do Estado e do município, em processo que demora meses.

Comentário: João Bosco

Fonte: O Estado de S.Paulo / Ricardo Della Coletta

Sem comentários:

Enviar um comentário