Num breve esclarecimento, o
imposto denominado Simples se equivale àquele em vigor no Brasil dispensados às micros e pequenas empresas no sentido de minorar os custos da
atividade profissional no que diz respeito ao recolhimento de impostos.
Essa demanda é uma luta
antiga das classes de profissionais liberais, pequenos escritórios de
advocacia, jornalistas, clínicas enfim.
Em se adotando o Simples
como proposto, o médico por exemplo, em seu consultório, no que tange ao recolhimento
do INSS e do FGTS do empregado, contribuiria apenas com a parte da empresa
sendo os demais impostos estabelecidos em um percentual de acordo com o
faturamento da mesma.
Esse percentual é evolutivo
em função do faturamento do
estabelecimento e corrigido anualmente em que se estabelece a valoração se
porventura, a empresa ou similar
alcançar o teto daquela contribuição.
Ressalte-se que, pela
legislação atual do Simples, em se abrindo uma filial ou se o proprietário se
aliar a outra empresa, o benefício é suprimido.
Eis a matéria:
Deputados
querem médicos no Simples
BRASÍLIA
- Com o apoio da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, deputados preparam modificações na lei do Simples Nacional para incluir
no regime de recolhimento unificado categorias como as de médicos, advogados e
jornalistas.
A
iniciativa contraria o governo
porque vai na contramão do que prega a Fazenda, em meio a um cenário de aperto
fiscal.
Em outra frente, os parlamentares vão tentar tirar os
pequenos negócios da chamada substituição tributária do ICMS, o que promete
reabrir uma disputa com governadores.
A
atualização da lei do Simples, em debate numa comissão especial na Câmara,
também tem por objetivo desburocratizar a abertura e o fechamento de pequenos
negócios no País, processo que pode se arrastar por meses.
O
projeto quer ampliar o leque de empresas beneficiadas pelo Simples Nacional,
com a inclusão de ao menos 16 atividades.
O
objetivo é que o enquadramento no Simples Nacional seja cada vez menos
discricionário por setor de atividade e passe a se basear mais no faturamento.
Isso
permitiria que esses setores recolhessem oito tributos em uma única guia e
garantiria menor pagamento de imposto, sobretudo nas faixas mais baixas de
enquadramento do Simples.
Os
deputados preveem, no entanto, oposição da Fazenda.
O
secretário executivo interino da Pasta, Dyogo Oliveira, já indicou em audiência
pública no mês passado que o governo deve resistir à ideia, já que ela
representa menos impostos.
``É
de conhecimento de todos que estamos perseguindo meta de superávit apertada e
ampliar desonerações poderia comprometer esse objetivo``, disse à época.
A
Fazenda calcula que, em 2012, as empresas enquadradas no Simples Nacional
representaram renúncia fiscal de tributos federais de R$ 49,5 bilhões.
Menos burocracia
O
ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos,
também articula com o relator do projeto, deputado Claudio Puty (PT-PA), a
inclusão de um dispositivo no texto que permita que a abertura e a baixa de uma
micro ou pequena empresa ocorra exclusivamente de forma online. ``Isso vai
diminuir enormemente o custo de transação para quem quer se formalizar``,
justifica o relator.
Hoje,
para abrir um negócio, o empreendedor precisa enviar documentos e se registrar
em diversos órgãos, entre eles a Receita Federal e as secretarias de Fazenda do
Estado e do município, em processo que demora meses.
Comentário: João Bosco
Fonte: O Estado de S.Paulo / Ricardo Della Coletta
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