A
“importação” de quatro mil médicos cubanos é parte dos gastos gigantescos do
Brasil na ilha comunista em diversas obras de infraestrutura e na própria
medicina cubana: dados de 2011 do ONE, o IBGE local, mostram quase quatro mil
clínicas foram fechadas e que houve queda de 10% no número de médicos.
“É dramático”, segundo afirmou o médico cubano
negro Darsi Ferrer à jornalista Teresa Barros, da equipe da coluna do
jornalista Claudio Humberto.
Ferrer
está exilado nos Estados Unidos desde 2012, depois de ter sido preso e
torturado por denunciar o precário sistema de saúde em Cuba.
Ferrer
viu de perto o sistema da ditadura comunista que explora mão de obra: a
“exportação” de médicos para 70 países, resultando num faturamento anual de
US$8 bilhões.
A
“importação” dos médicos cubanos é o único caso em que a remuneração de R$ 10
mil não será paga diretamente ao profissional, mas à ditadura, com a
intermediação da Organização Panamericana de Saúde.
O
médico cubano só receberá uma pequena parcela do salário, cerca de 7%.
Outra parte, também mínima,
é entregue à sua família, obrigada a permanecer em Cuba como refém, para
impedir que o médico peça asilo político.
A maior parte do salário do
médico, cerca de 70%, fica com a ditadura.
Ex-prisioneiro
de consciência da Anistia Internacional, o médico cubano Darsi Ferrer lembra
que os colegas não têm internet e acesso à literatura atualizada.
O
jornal O Globo publicou uma matéria em 17/05/2013 , denunciando a barbárie com
a qual os médicos são enviados para países amigos para exercerem a
profissão.
Em
vigor o “Reglamento Disciplinario” em livre
tradução, Regulamento Disciplinar que vem a ser, uma temerária Resolução sob o nº 38/2005, publicada em março de 2006 com
seus fatídicos onze Capítulos que
descrevem as normas de conduta do médico exportado de Cuba.
Normas
essas de cunho eminentemente opressor
estabelecendo à distância de como comportar o cidadão cubano nessa missão de
seu exercício profissional.
Ainda
segundo o jornal, no “Reglamento
Disciplinario” , os médicos cubanos
enviados em 2006 para Bolívia deveriam
informar imediatamente às autoridades cubanas caso tivessem uma relação amorosa
com “nativas”.
Além
disso, para que o namoro pudesse ir
adiante, a parceira do médico deveria
estar de acordo com o "pensamento revolucionário" das missões
cubanas.
Os
profissionais também foram proibidos de
falar com a imprensa sem prévia autorização, de pedir empréstimos aos nativos, e de manter amizade com outros cubanos que tenham abandonado a missão.
Texto adaptado: João Bosco
Grifo nosso
Fonte: Diário do Poder / CFM
/ Jornal O Globo
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