Os resultados de uma medida
concebida de maneira açodada, sem qualquer planejamento e imediatista tem como
resultado óbvio o fracasso e quando não, a prejudicialidade daqueles que nada tem
haver com a situação.
Caso latente e concreto é o
programa “mais médicos” implantado no afogadilho pelo governo federal tendo
como timoneiro-mor o ministro medo da Saúde Alexandre Padilha.
Certamente, são os médicos os
primeiros à pagarem a conta uma vez que, estão diretamente envolvidos na
questão.
Vieram os médicos porém, ao
lado desses profissionais, o governo deveria também fornecê-los um “kit-atendimento
humano” que seria composto de assepsia, instalações físicas adequadas e
salubres, fármacos e insumos.
Porém, essa é uma visão
utópica a prevalecer as iniciativas improvisadas.
Uma proposta simplista e sem
mágicas para preservar os médico na cidade criando assim, um vinculo com a comunidade
seria a implantação do “médico de Estado” ou “medico de carreira” como queiram,
em que, o profissional se submeteria a um concurso público e com vencimentos e
normas semelhantes ao magistrado o que tange à sua permanência na cidade entre
outros aspectos (leia post de 06/08/2013).
Projeto já em tramitação no
Congresso que não apetece ao governo e, não se sabe o porque.
Fica entretanto,
prevalecendo a velha máxima: “uma andorinha não faz verão”.
Eis a matéria:
Prefeituras
vão demitir médicos para receber equipes do governo
Para
aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por diferentes
prefeituras no país serão trocados por profissionais do Mais Médicos, programa
do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros e brasileiros para
atendimento de saúde no interior e nas periferias.
Na
prática, a medida anunciada à Folha por prefeitos e secretários de saúde pode
ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos nesses
lugares.
A
reportagem identificou 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer
demissões para receber as equipes do governo federal.
Segundo as prefeituras,
essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais
Médicos é totalmente custeada pela União.
O
plano de Dilma foi lançado em julho e provocou polêmica na classe médica
principalmente devido à vinda de estrangeiros --incluindo 4.000 cubanos, que
devem ser deslocados para 701 cidades que não despertaram interesse de ninguém
na primeira fase do Mais Médicos.
Outro
atrativo alegado por prefeituras para a troca de equipes é a fixação desse novo
médico no município por um período mínimo de três anos.
Prefeitos reclamam da
alta rotatividade dos médicos, que não se adaptam à falta de estrutura nessas
localidades.
As
cidades que já falam em trocar suas equipes estão no Amazonas (Coari, Lábrea e
Anamã), Bahia (Sapeaçu, Jeremoabo, Nova Soure e Santa Bárbara), Ceará
(Barbalha, Cascavel, Canindé) e Pernambuco (Camaragibe).
Hoje,
as prefeituras recebem da União cerca de R$ 10 mil por equipe no programa Saúde
da Família. Complementos de salários e encargos, porém, são pagos com recursos
de cada cidade.
Um exemplo é Coari, no Amazonas, a 421 km de barco de Manaus, onde
a prefeitura paga R$ 25 mil para médicos recém-formados e R$ 35 mil para os
especialistas.
Vamos tirar alguns dos nossos médicos e colocar os profissionais que chegarão do Mais Médicos", diz o secretário da Saúde, Ricardo Faria.
A prefeitura diz que vai demitir um médico de seu quadro para trocá-lo por outro que chegará já na primeira fase do programa federal.
Comentário: João Bosco
Grifo nosso
Fonte: Folhaonline
Sem comentários:
Enviar um comentário