Como já mencionado pelo
Blog, a ANS aumenta o rol de procedimentos das operadoras de forma
irresponsável e indiscriminada como uma maneira excusa de socialização da
saúde, em detrimento à obrigação constitucional de fornecer uma saúde universalizada
e de qualidade à população brasileira.
Plano de saúde é um meio e
não um fim da atividade da medicina e da assistência aos usuários.
Planos de saúde é um plus
que o usuário deseja quando de sua enfermidade obter um tratamento diferenciado.
Porém, no Brasil, nadando contrariamente ao
bom senso, tornou-se uma última e única
maneira do brasileiro conseguir ser atendido com a mínima humanidade possível
ou exigível para um ser humano.
O que, infelizmente esse
objetivo está cada vez impossível de ser alcançado.
Entretanto, a fórmula
seguida já demonstrou ineficaz para os
usuários , para as próprias operadoras e para
a todo o conjunto da assistência incluindo-se aí infelizmente, os médicos que
carregam nas costas esse sistema falido e injusto.
São eles que se
sujeitam à glosas, aos de toda ordem honorários defasados e mais, com a obrigatoriedade
do retorno que faz a mísera
remuneração pela prestação ser divida por dois.
Por isso, assistimos à fatos
como os a seguir:
Pesquisa:
Plano de saúde vira luxo
Com
reajustes sistematicamente acima da
inflação nos últimos anos, os planos de saúde vêm se tornando inviáveis para
grande parte dos brasileiros.
Uma
pesquisa realizada pelo Datafolha, em parceria com o Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar (IESS), mostra que os
convênios têm virado quase um artigo de luxo: entre os que conseguem pagar
pelo atendimento, a maioria tem renda superior a três salários mínimos e
pertence, no mínimo, à classe B.
A
pesquisa leva em consideração apenas os planos médico-hospitalares — um
universo de 44 milhões de beneficiários — e desconsidera os exclusivamente
odontológicos. As pessoas que não têm o serviço contratado culpam os preços
altos.
Para
77%, o valor das mensalidades vai além do que o orçamento permite.
No
entanto, mais de 70% valorizam e gostariam de ter acesso ao serviço. Além
disso, o levantamento mostra que, para os entrevistados, de forma geral, os convênios aparecem em terceiro lugar
na lista de prioridades, atrás apenas de educação e casa própria.[...]
Aumentos
[...]
Segundo a pesquisa, 43% das pessoas que
não estão ligadas a nenhuma operadora já possuíram plano de saúde, mas deixaram
de pagar pelo serviço.
As
administradoras culpam o aumento dos
custos médicos pelas mensalidades caras, e temem que a escalada dos preços
leve uma parcela ainda maior dos conveniados a abandonar os contratos.
O
presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de
Almeida, chegou a afirmar que “vai haver uma dissociação muito grande entre o
que a pessoa recebe e o que precisa pagar para ter um convênio, e, em algum
momento, ela pode não ter mais condições de custear o plano”.
Segundo
o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em três décadas, as mensalidades devem aumentar, em média 163,5% acima
da inflação, caso o setor siga o mesmo comportamento dos últimos 10 anos.
Com
isso, o comprometimento da renda dos beneficiários cresceria 66%.[...]
Custos
[...]
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) afirmou, em nota, que, de
fato, “quanto mais alta a renda da população, maior a adesão ao item plano de
saúde”, mas observou que as classes B e C, “vêm registrando maior adesão” aos
convênios.
A
federação argumentou ainda que o valor da mensalidade “deve refletir os custos
assistenciais do setor, de modo a garantir o equilíbrio econômico dos
contratos”.
Comentário: João Bosco
Grifo nosso
Fonte: Correio Braziliense /
Bárbara Nas
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