segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pesquisa: Plano de saúde vira luxo

Como já mencionado pelo Blog, a ANS aumenta o rol de procedimentos das operadoras de forma irresponsável e indiscriminada como uma maneira excusa de socialização da saúde, em detrimento à obrigação constitucional de fornecer uma saúde universalizada e de qualidade à população brasileira.

Plano de saúde é um meio e não um fim da atividade da medicina e da assistência aos usuários.

Planos de saúde é um plus que o usuário deseja quando de sua enfermidade obter um tratamento diferenciado.
 Porém, no Brasil, nadando contrariamente ao bom senso,  tornou-se uma última e única maneira do brasileiro conseguir ser atendido com a mínima humanidade possível ou exigível para um ser humano.

O que, infelizmente esse objetivo está cada vez impossível de ser alcançado.

Entretanto, a fórmula seguida  já demonstrou ineficaz para os usuários , para as próprias operadoras e para a todo o conjunto da assistência incluindo-se aí infelizmente, os médicos que carregam nas costas esse sistema falido e injusto.

São eles que se sujeitam à glosas, aos de toda ordem honorários defasados  e mais,  com a obrigatoriedade do retorno que faz a mísera remuneração pela prestação ser divida por dois.                
             

Por isso, assistimos à fatos como os a seguir:

Pesquisa: Plano de saúde vira luxo

                        Com reajustes sistematicamente acima da inflação nos últimos anos, os planos de saúde vêm se tornando inviáveis para grande parte dos brasileiros.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em parceria com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostra que os convênios têm virado quase um artigo de luxo: entre os que conseguem pagar pelo atendimento, a maioria tem renda superior a três salários mínimos e pertence, no mínimo, à classe B.

A pesquisa leva em consideração apenas os planos médico-hospitalares — um universo de 44 milhões de beneficiários — e desconsidera os exclusivamente odontológicos. As pessoas que não têm o serviço contratado culpam os preços altos.

Para 77%, o valor das mensalidades vai além do que o orçamento permite.

No entanto, mais de 70% valorizam e gostariam de ter acesso ao serviço. Além disso, o levantamento mostra que, para os entrevistados, de forma geral, os convênios aparecem em terceiro lugar na lista de prioridades, atrás apenas de educação e casa própria.[...]

Aumentos

[...] Segundo a pesquisa, 43% das pessoas que não estão ligadas a nenhuma operadora já possuíram plano de saúde, mas deixaram de pagar pelo serviço.

As administradoras culpam o aumento dos custos médicos pelas mensalidades caras, e temem que a escalada dos preços leve uma parcela ainda maior dos conveniados a abandonar os contratos.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, chegou a afirmar que “vai haver uma dissociação muito grande entre o que a pessoa recebe e o que precisa pagar para ter um convênio, e, em algum momento, ela pode não ter mais condições de custear o plano”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em três décadas, as mensalidades devem aumentar, em média 163,5% acima da inflação, caso o setor siga o mesmo comportamento dos últimos 10 anos.

Com isso, o comprometimento da renda dos beneficiários cresceria 66%.[...]

Custos

[...] A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) afirmou, em nota, que, de fato, “quanto mais alta a renda da população, maior a adesão ao item plano de saúde”, mas observou que as classes B e C, “vêm registrando maior adesão” aos convênios.

A federação argumentou ainda que o valor da mensalidade “deve refletir os custos assistenciais do setor, de modo a garantir o equilíbrio econômico dos contratos”.

Comentário: João Bosco

Grifo nosso

Fonte: Correio Braziliense / Bárbara Nas

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