terça-feira, 3 de setembro de 2013

Breve relato do IV Congresso Brasileiro de Direito Médico promovido pelo CFM

Conforme noticiado, o autor do presente Blog participou nos últimos dias 28/29 de agosto do IV Congresso Brasileiro de Direito Médico promovido pelo CFM, evento esse ocorrido no auditório da Procuradoria Geral da República em Brasília/DF.

Essa é a quarta jornada a qual o autor participa e, como não poderia ser diferente, foram abordados temas de bastante significância para os operadores do direito e por extensão os médicos que veem uma relação tênue entre o exercício da medicina e a advocacia.

Impossível nos dias de hoje, com a crescente judicialização da medicina, os exacerbados casos de denúncia de má-prática médica, as péssimas condições de trabalho enfim, os médicos não se aterem que, a assessoria jurídica do especialista na área do Direito Médico se faz mister.

Nesses dois dias foram abordados temas como a judicialização da saúde,  o direito do consumidor e a relação médico-paciente, tendo como conferencista uma das maiores autoridades brasileiras do Direito Médico, o desembargador Dr. Miguel Kfouri Neto, a flexibilidade da quebra de informações do prontuário do familiar morto, as disposições antecipadas de vontade que vem a ser, o paciente ditar por intermédio de um hábil documento, qual o limite que a equipe médica que o trata poderá avançar sem interferir no seu direito de morrer com dignidade.

Particularmente, essa conferência foi proferida por um dos expoentes do direito  mundialmente conhecido com obras publicadas em várias partes do mundo,  José Oliveira Asenção, português,  professor Catedrático da Universidade Clássica de Lisboa.

O evento também contou com a presença da ministra do STJ Nancy Andrighi em que proferiu uma conferência moderado pelo promotor do MPDF Diaullas Costa Ribeiro cujo o tema era Paternidade Afetiva versus Paternidade Biológica atestando em suma que, a paternidade é priorizada pelo afeto e que muitas vezes, a paternidade sócio-afetiva se sobrepõe à paternidade eminentemente biológica.

O evento também tratou com a exposição da profª Maria João Estorninho, portuguesa, professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa que abordou em conferencia a reforma do sistema de saúde em Portugal no contexto europeu.

Por derradeiro, a professora da UNB Débora Diniz fez uma explanação acerca o descaso dos hospitais psiquiátricos do país.


Certamente aguarda-se o evento para o próximo ano em que, a participação de todos os envolvidos se faz importante e necessária.


Texto: João Bosco











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