Quando da implantação dos
fármacos genéricos no Brasil em 1999, teve de enfrentar um certo preconceito de
toda ordem. Profissionais da área da saúde, pacientes enfim.
Porém, nesse espaço de
tempo, os brasileiros já economizaram a ordem de R$ 10,5 bilhões com a
aquisição dos respectivos e o preconceito consta debelado.
Os mesmos na pior das hipóteses
podem ser vendidos 35% mais barato e podem chegar em alguns casos à 80% do
valor do convencional.
Eis a matéria:
Remédios
de referência chegam a custar 56% mais que genéricos
Diferenças
de preços entre um estabelecimento e outro chegaram a mais de 1.000%, revelou
levantamento feito pelo Procon-SP; foram apurados 58 medicamentos.
A
diferença de preços entre medicamentos genéricos e produtos de referência na
capital paulista passou de 50%, em agosto último, revela pesquisa feita pelo
Procon-SP. No mês passado, os genéricos custaram em média 56,63% menos que os
de referência. Além disso, as diferenças de preços entre um estabelecimento e
outro chegaram a mais de 1.000%.
Segundo
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), medicamento de referência
é o produto inovador registrado no órgão federal competente, cuja eficácia,
segurança e qualidade tenham sido comprovadas cientificamente. De acordo com a
Anvisa, os genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento
de referência.
Foram
apurados os preços de 58 medicamentos, dos quais 29 de referência e 29 com o
mesmo princípio ativo ou genérico, encontrados em 15 drogarias, em cinco
regiões da capital paulista. Na comparação entre os genéricos, constatou-se
diferença de l.l32% na caixa com 20 comprimidos de diclofenaco sódico (50 mg),
que custava R$ 1 em um estabelecimento e em outro, R$ 12,32.
Já
entre os produtos de referência, o mesmo produto chegou a apresentar diferença
de 364,29% de uma farmácia para outra. Foi o caso do Dexason (acetato de
dexametasona, 1mg/g), do laboratório Teuto, 1mg/g em creme de 10g, cujos preços
variaram entre R$ 2,10 e R$ 9,75.
Fora
da capital, a maior oscilação de preços entre os genéricos alcançou 938%. O
medicamento Paracetamol ( 200 mg/ml, gotas 15 ml) era oferecido a R$ 0,89 em
uma farmácia de São Vicente e, em outro estabelecimento, a R$ 9,24.
Na
mesma cidade, verificou-se variação de 300% entre os produtos de referência. O
preço do Amoxil (GlaxoSmithKline, 500mg, 21 cápsulas) variava de R$ 14,67 a R$
58,68. A média de preços dos genéricos chegou a 60,82% em São José dos Campos.
A menor variação foi encontrada em Presidente Prudente, 46,44%.
O
Procon-SP recomenda ao consumidor que, ao comprar medicamentos, verifique se os
números de lote, prazos de validade e data de fabricação coincidem com os que
estão marcados nas cartelas ou frascos. Além disso, é preciso observar que todo
o medicamento tem de ter número de registro no Ministério da Saúde.
Outra
dica é sobre o armazenamento: remédios têm de ser guardados em local seco,
arejado e fora do alcance de crianças. “Tenha cuidado especial com remédios de
formato ou aroma atrativos para as crianças (formato de bichinhos, cheiro ou
gosto de chiclete ou bala etc)”, alerta o Procon.
Comentário: João Bosco
Fonte: A Saúde Web
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