quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mudando de assunto, a razão do Ex-reitor da UNB


O Brasil detêm um dos parlamentos mais onerosos e paradoxalmente menos produtivos do mundo.

Porém, ainda sobram alguns parlamentares probos e com suas consciências livres e desimpedidas do sistema vigente que, costumeiramente expressam sua indignação na tribuna mas... fica por aí.

O poder e a avalanche dos demais os calam.

Entretanto, o senador Cristovam Buarque – isso, expressado de forma apolítica, imparcial e impessoal – é um dos que se enquadram na probidade e seriedade desse contexto e, registrou seu descontentamento com o gasto na construção de um estádio de futebol.

Uma pena que sua avaliação tenha se resumido apenas ao estádio Mané Garrincha. O país deverá desembolsar somente na construção de estádios de futebol, a bagatela aproximada de 10 bilhões de Reais.

E o senador Cristovam e alguns poucos brasileiros perguntam: E se gastasse de forma séria e responsável essa dinheirama na educação, seria gasto ou investimento?

A resposta consta no texto abaixo.

Eis a mateira publicada pela Agência Senado:

Gastos com estádio em Brasília pagariam 12 anos de educação para 15 mil crianças, diz Cristovam Buarque

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que os R$ 1,6 bilhão gastos na construção do estádio de futebol recentemente inaugurado no Distrito Federal seriam suficientes para garantir 12 anos de educação para 15 mil alunos em superescolas.

Ele definiu superescolas como escolas muito bem construídas e equipadas, com professores ganhando R$ 9,5 mil por mês e com todas as crianças estudando em horário integral.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (22), o senador acrescentou que esses alunos, egressos de um ensino médio de qualidade, poderiam facilmente obter um trabalho que lhes garantisse uma renda mínima mensal de R$ 4 mil.

- Se a gente considera esses R$ 4 mil por mês, ao longo da vida útil desse jovem até ele ficar velho, isso equivale a R$ 26 bilhões. Ou seja, numa visão progressista, a meu ver, esse estádio se transformaria em 17 estádios – afirmou o parlamentar.

Cristovam afirmou ser usual, ultimamente, “dizer que não existe mais esquerda e direita, não existe mais progressista e conservador, que os partidos são todos iguais”. Mas, para ele, ainda existe a distinção.

O senador definiu como conservador “aquele que comemora as coisas boas que aconteceram”. E, como progressista, “aquele que luta pelas coisas boas que ainda falta serem feitas, sem esquecer as boas coisas que aconteceram”.

Para Cristovam, a diferença entre um lado e outro reside em como se usa os recursos e quem são os beneficiários desses recursos.

- É como se usa, se na construção de um estádio ou na educação das crianças. O beneficiado é cada um de nós que vai ao jogo, porque prefere ir lá a assistir pela televisão, ou uma vida inteira desses jovens com um salário conquistado graças à educação que receberam.

É isso que divide a gente – afirmou o senador, que se considera um progressista. [...]

Comentário: João Bosco

Fonte: Agência Senado

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