O Brasil detêm um dos
parlamentos mais onerosos e paradoxalmente menos produtivos do mundo.
Porém, ainda sobram alguns
parlamentares probos e com suas consciências livres e desimpedidas do sistema
vigente que, costumeiramente expressam sua indignação na tribuna mas... fica
por aí.
O poder e a avalanche dos
demais os calam.
Entretanto, o senador
Cristovam Buarque – isso, expressado de forma apolítica, imparcial e impessoal
– é um dos que se enquadram na probidade e seriedade desse contexto e,
registrou seu descontentamento com o gasto na construção de um estádio de
futebol.
Uma pena que sua avaliação
tenha se resumido apenas ao estádio Mané Garrincha. O país deverá desembolsar
somente na construção de estádios de futebol, a bagatela aproximada de 10
bilhões de Reais.
E o senador Cristovam e
alguns poucos brasileiros perguntam: E se gastasse de forma séria e responsável
essa dinheirama na educação, seria gasto ou investimento?
A resposta consta no texto
abaixo.
Eis a mateira publicada pela
Agência Senado:
Gastos com estádio em
Brasília pagariam 12 anos de educação para 15 mil crianças, diz Cristovam
Buarque
O
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que os R$ 1,6 bilhão gastos na construção do estádio de futebol recentemente
inaugurado no Distrito Federal seriam
suficientes para garantir 12 anos de educação para 15 mil alunos em
superescolas.
Ele definiu superescolas
como escolas muito bem construídas e
equipadas, com professores ganhando R$ 9,5 mil por mês e com todas as crianças
estudando em horário integral.
Em
pronunciamento nesta quarta-feira (22), o senador acrescentou que esses alunos,
egressos de um ensino médio de qualidade, poderiam facilmente obter um trabalho
que lhes garantisse uma renda mínima mensal de R$ 4 mil.
-
Se a gente considera esses R$ 4 mil por mês, ao longo da vida útil desse jovem
até ele ficar velho, isso equivale a R$ 26 bilhões. Ou seja, numa visão
progressista, a meu ver, esse estádio se
transformaria em 17 estádios – afirmou o parlamentar.
Cristovam
afirmou ser usual, ultimamente, “dizer que não existe mais esquerda e direita,
não existe mais progressista e conservador, que os partidos são todos iguais”.
Mas, para ele, ainda existe a distinção.
O senador definiu como conservador “aquele
que comemora as coisas boas que aconteceram”. E, como progressista, “aquele que
luta pelas coisas boas que ainda falta serem feitas, sem esquecer as boas
coisas que aconteceram”.
Para
Cristovam, a diferença entre um lado e outro reside em como se usa os recursos
e quem são os beneficiários desses recursos.
-
É como se usa, se na construção de um estádio ou na educação das crianças. O
beneficiado é cada um de nós que vai ao jogo, porque prefere ir lá a assistir
pela televisão, ou uma vida inteira desses jovens com um salário conquistado
graças à educação que receberam.
É isso que divide a gente – afirmou o senador,
que se considera um progressista. [...]
Comentário: João Bosco
Fonte: Agência Senado
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