O
setor farmacêutico brasileiro passou por uma revolução nos últimos anos.
Um dos motivos é a entrada dos genéricos no mercado.
O outro, é o governo como principal cliente da
indústria. Silvia Carvalho, consultora sócia da Abrahams Executive Search,
afirma que a demanda ficou mais exigente e a competição, acirrada.
Para
corresponder a este cenário, novas profissões foram criadas e a tendência é que
elas ocupem mais espaço no mercado, segundo a especialista.
Confira
os cargos e o perfil ideal dos profissionais:
GERENTE DE ACESSO AO MERCADO
PÚBLICO
É
o profissional responsável por atuar
como intermediário entre governo e indústria farmacêutica. Segundo Silvia,
ele atua antes do processo de licitação, oferecendo soluções especificas de
como a empresa pode ajudar no contexto de cada região.
Os
requisitos são: profundo
conhecimento dos medicamentos (principalmente em relação às questões técnicas
mais relevantes para o governo), e domínio das políticas públicas, que podem
variar em cada região. Os salários
podem chegar a 25 mil reais por mês.
GERENTE DE ACESSO AO MERCADO
PRIVADO
Profissional
que media o relacionamento entre, de um lado, a indústria farmacêutica; do
outro, das seguradoras de saúde aos hospitais.
A tarefa é, praticamente, a mesma do Gerente de
acesso ao mercado público: mapear as necessidades
e entregar soluções.
A
combinação fundamental é saber tudo sobre os medicamentos e ter uma boa relação
com os clientes. A especialista explica que se trata de um trabalho proativo.
"Antes do produto ser lançado, eles já começam o trabalho de acesso”. Os
salários podem chegar a 25 mil reais por mês.
Em
relação aos impactos sociais e econômicos de um tratamento, segundo Silvia, o
profissional deve atuar na área de farmacoeconomia e a atividade inclui estudos
que mostram os custos e a duração de um tratamento se o paciente for tratado
com o produto A ou B.
Os
profissionais devem ser da área de Ciências Farmacêuticas e os salários podem chegar a 30 mil reais.
MEDICAL SCIENCE LIAISON
(MSL)
É
o profissional que faz contato com
líderes de opinião na área de saúde para trocar informações sobre estudos
realizados antes que um medicamento seja
lançado.
Segundo
Silvia, neste caso, não há abordagem comercial e não se fala sobre marca,
apenas sobre moléculas.
Até
pouco tempo, o cargo era ocupado
exclusivamente por médicos, o que fazia com que fosse um tipo de
profissional raro.
Como
o mercado se abriu, segundo a recrutadora, atualmente, é possível contratar
biomédicos, fisioterapeutas, biólogos, dentistas, entre outros, para a
carreira. Mas, neste caso, é essencial ter um doutorado. Os salários variam entre 15 e 18 mil reais
GERENTE DE EDUCAÇÃO MÉDICA
A
utilização de alguns medicamentos é tão complexo que não basta ler a “bula”. É
preciso ter acesso um profissional da indústria farmacêutica que entenda, em
detalhes, o modo de usar. Segundo a
especialista, é quem instrui, leva informações ao médico e ensina como
administrar cada medicamento”. Os salários
variam de 18 a 20 mil reais.
GERENTE DE ONG
No
Brasil, o cargo ainda não é muito demandado.
Mas,
entre as empresas mais modernas no setor, se tornou uma peça fundamental nos
projetos da indústria farmacêutica com o terceiro setor. “Ele orienta as ONGs, faz palestras sobre opções tratamentos. Não é
comercial, é uma relação de cunho social”, afirma. Neste caso, os salários
atingem a casa dos 15 mil reais.
Grifo nosso
Fonte: Revista Exame /
Diagnsóticoweb
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