O
CFF (Conselho Federal de Farmácia)
elaborou dez protocolos que os
farmacêuticos deverão seguir ao indicar o tratamento de problemas como gripe,
dor de cabeça e diarreia, chamados "transtornos menores".
Uma
resolução aprovada pelo CFF em setembro autoriza esses profissionais a emitirem
receitas de remédios que não exigem prescrição médica.
A
medida chegou a ser contestada na Justiça pelo Conselho Federal de Medicina,
para quem a decisão não tinha amparo legal.
Segundo Walter Jorge João, do CFF, o conselho está ministrando
cursos online para orientar os farmacêuticos sobre essa nova função.
Também
está elaborando um modelo de receituário, embora cada conselho regional possa
definir o seu.
O
conselho paulista tem um modelo que vem distribuindo aos profissionais em
cursos que oferece sobre as novas normas. "Já fizemos uma rodada em todo
Estado.
Os
farmacêuticos estão extremamente interessados ", diz Pedro Menegasso, que
preside o conselho paulista.
Segundo
ele, a prescrição servirá para reforçar a importância dos profissionais para a
população, que nem sempre sabe distinguir o farmacêutico do atendente de
farmácia.
Com
a nova norma, o cliente que chegar à farmácia para comprar um analgésico poderá
ter uma "consulta" e ganhar um receituário com assinatura e carimbo
do farmacêutico.
Outra bandeira defendida
pelos conselhos farmacêuticos é a
de que o governo brasileiro autorize os profissionais a prescrever um
determinado grupo de medicamentos intermediário entre os de prescrição médica e
aqueles isentos de receita, chamado de medicamentos de prescrição farmacêutica.
O
Paracetamol 750 mg é um exemplo.
Nos
EUA o uso é restrito, depende de receita prescrita pelo farmacêutico, por ser
muito tóxico ao fígado.
Grifo nosso
Fonte: Folha de São Paulo / Cláudia Collucci
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