O
potencial de crescimento do setor ótico brasileiro é enorme: dados da
Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica) mostram que, no País, 135 milhões de pessoas necessitam de algum
tipo de correção visual.
No entanto, apenas 40 milhões usam óculos de grau.
O
aumento da renda e da faixa etária da população também fazem com que o mercado
espere um aumento da demanda por armações e lentes.
No entanto, 70% dos itens comercializados pelo
setor no Brasil são importados, e o número de fabricantes nacionais é pequeno.
Para
mudar esse quadro, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI),
órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), e da cadeia produtiva se reuniram em São Paulo para o Encontro Nacional
da Indústria Óptica, e para estudar políticas que estimulem o segmento.
O
diretor da ABDI, Otávio Camargo, lembrou a existência de um projeto de lei (nº 6868/2010) que trata da obrigatoriedade do exame de vista
anual no ensino público fundamental e médio, que também deve gerar demanda
por óculos e lentes.
Segundo
o executivo, não há um processo regular
de verificação de acuidade visual no País, e a detecção de problemas
visuais é restrita ao serviço militar e aos Detrans, que emitem a carteira
nacional de habilitação.
Segundo
a Abiópitca, o setor registrou em 2010 faturamento de R$ 15,9 bilhões no
varejo.
Política setorial
Durante
o evento, a ABDI e a Abióptica promoveram oficinas de trabalho, com a
participação de empresários, sobre a construção de uma política industrial para
o setor.
O
grupo se baseou em medidas relacionadas a defesa comercial, desoneração
tributária, máquinas e equipamentos, normalização e fomento à inovação.
Foram
elencadas ações como:
- linhas especiais de crédito para modernização;
- implantação de plantas industriais e atração de investimentos;
- desoneração tributária;
- financiamento para compras de equipamentos;
- incentivos à criação de laboratórios de testes;
- desoneração de investimentos intensivos em tecnologia;
- um contrato de competitividade com o setor (com contrapartidas à inovação);
- combate ao contrabando, pirataria e sonegação;
- criação e aplicação de regulamentos técnicos nacionais voltados à saúde e segurança;
- incentivos à participação de produtores em exposições e eventos nacionais e internacionais; e outras.
Grifo nosso
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