Os
pais vegetarianos de um bebê de cinco meses que morreu de raquitismo agudo
estão respondendo à acusação de homicídio em um tribunal em Londres.
Nkosiyapha
Kunene, de 36 anos, e Virginia Kunene, 32, nasceram no Zimbábue e moravam no sudeste de Londres.
O
filho deles, Ndingeko Kunene, morreu no dia 14 de junho de 2012.
Eles
se declararam culpados da acusação de homicídio culposo - quando não há a
intenção de matar.
Segundo
o jornal britânico Daily Telegraph, acredita-se que o casal seguia uma dieta ovo-lacto-vegetariana - que
permite o consumo de leite e ovos, mas não de carnes.
``Devido
à dieta (que Virginia Kunene) seguiu, a criança ficou doente``, disse o
promotor do caso, Richard Whittam, acrescentando que este foi um ``caso
trágico``.
Não
foram revelados detalhes sobre a alimentação dada ao bebê.
O
juiz, Rabinder Singh, afirmou que está ``analisando todas as opções`` antes de
proferir a sentença.
``A
gravidade do crime pelo qual a vida de um bebê foi perdida é clara para
todos``, disse ele em uma audiência na segunda-feira (27).
Os
dois estão respondendo ao julgamento sob liberdade condicional.
O
raquitismo é uma doença que afeta o desenvolvimento dos ossos, deixando-os
fracos, e é causada por uma deficiência de vitamina D e cálcio.
A
causa da doença é uma dieta pobre em nutrientes ou alguma outra doença que
afete como as vitaminas e minerais são absorvidos pelo corpo.
O
raquitismo costumava ser comum no passado, mas a doença quase desapareceu nos
países ocidentais devido à adição de vitamina D a alimentos como cereais e
margarina.
Qualquer
criança pode sofrer de raquitismo, mas crianças de pele escura (já que é
necessária uma quantidade maior de luz solar para conseguir vitamina D) e
crianças prematuras são mais suscetíveis à doença.
Grifo nosso
Fonte: BBC / UOL /Adv Saúde
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