BRASÍLIA
- Uma nova estratégia para fiscalização de unidades de saúde do País será
colocada em prática pelos conselhos regionais de medicina.
Entrou
em vigor nesta terça-feira, 13, a Resolução 2.073/14 do Conselho Federal de Medicina
(CFM) que “estabelece critérios para a autorização de funcionamento dos
serviços médicos de quaisquer naturezas, bem como estabelece critérios mínimos para
seu funcionamento, vedando o funcionamento daqueles que não estejam de acordo
com os mesmos. [...]
[...]
O vice-presidente do CFM conta que, quando estava à frente do Conselho Regional
de Medicina de Alagoas, encontrou uma série de dificuldades para garantir o
cumprimento de quesitos mínimos nos estabelecimentos de saúde. "Tínhamos
de regulamentar. E isso foi feito."
Unidades que não seguirem especificações terão um prazo para atender às exigências.
Caso isso não seja feito, o caso poderá ser levado para o
Tribunal de Contas ou para o Ministério Público.
Fortes
afirma que os integrantes do conselho têm prerrogativa de decretar a "interdição ética" da
unidade.
"Isso
é para situações extremas. Nesse caso,
médicos ficam impedidos de atuar nas unidades até que as irregularidades sejam
sanadas", disse.
Se
o médico não cumprir a determinação, afirmou, ele pode enfrentar um processo
ético.
Fortes
considera que integrantes do Mais Médicos, mesmo aqueles com registro
profissional concedido pelo Ministério da Saúde, são obrigados a seguir a
determinação.
A
lista com recomendações traz itens que atualmente já são exigidos pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde.
"Fizemos alguns acréscimos, como instrumentos indispensáveis para
atendimento à saúde."
Necessidade.
As exigências variam de acordo com o tipo de atendimento prestado na unidade de
saúde.
Entre as regras da resolução está a necessidade da presença
constante de médicos nos estabelecimentos onde pacientes recebem medicação.
Isso obrigaria, por exemplo, comunidades terapêuticas - um braço considerado
importante pelo governo para colocar em prática o programa Crack é Possível
Vencer - a ter plantonistas.
Na
primeira etapa, a fiscalização será feita por amostragem.
As
áreas prioritárias serão definidas nos próximos meses pelos conselhos
regionais.
As
equipes vão trabalhar com um conjunto de equipamentos, formado por câmeras
fotográficas, scanners e tablets. A estimativa é de que R$ 600 mil sejam gastos
para compra do material.
Nos
seis meses entre a publicação do roteiro e sua entrada em vigor, o CRM diz que
equipes destacadas pelos conselhos foram treinadas, com "inspeções
educativas".
Grifo nosso
Adaptação: João Bosco
Fonte: CFM / Jornal O Estado
de São Paulo / Lígia Formenti
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