Segundo
ministro, o governo está aberto a sugestões, só não vai recuar em três
questões: critérios para abertura de faculdades de Medicina, dois anos de
atuação médica pelo SUS e vaga de residência para cada médico.
Representantes
de 12 faculdades de Medicina de universidades públicas de diversas regiões do
País formaram uma comissão para elaborar sugestões ao programa Mais Médicos.
O
grupo foi criado após reunião em Brasília com o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, e o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, nesta terça-feira (16),
que contou com cerca de 100 participantes, entre reitores, representantes de
ambos os ministérios e coordenadores de cursos de medicina de todas as
universidades federais do Brasil.
O programa foi lançado na última semana pela
presidenta Dilma Rousseff por medida provisória e tem 120 dias para ser votado
pelo Congresso Nacional. Durante o encontro com os representantes de faculdades
de Medicina, os ministros apresentaram o programa e esclareceram as dúvidas da
plateia.
“Conversar
com as faculdades federais que formam os médicos hoje é um passo importante
para colocarmos o programa em andamento. Elas serão fundamentais para mapearmos
o que precisamos avançar para garantir os dois anos de treinamento em serviço
na atenção básica e na urgência e emergência no Sistema Único de Saúde”, disse
Padilha.
Segundo
o ministro da Saúde, o governo federal está aberto a todo tipo de sugestão, só
não vai recuar em três questões: os critérios para abertura de novas faculdades
de Medicina; os dois anos do segundo ciclo de treinamento em serviço na atenção
básica e na urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS)
complementando a formação do médico; e a abertura de uma vaga de residência
para cada médico.
Entre os critérios para abertura de novas faculdades estão:
cinco ou mais leitos disponíveis por aluno, no máximo três alunos por equipe de
atenção básica; ter estrutura de urgência e emergência e pelo menos três
programas de residência médica nas especialidades fundamentais tais como
Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Medicina de
Família e Comunidade.
“O
Mais Médicos foi lançado em Medida Provisória para dar prioridade ao debate,
como estamos fazendo agora. Mas temos um prazo grande para amadurecer cada
ponto e fazer ajustes: 120 dias para as medidas passarem por votação no
Congresso Nacional, depois mais 180 dias para a ser regulamentada pelo Conselho
Nacional de Educação; e sete anos até os estudantes ingressarem de fato no
segundo ciclo no SUS”, esclareceu Mercadante.
A comissão será composta por
membros da
Universidade Federal do Ceará (UFCE), Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Rondônia (Unir), Universidade
Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Ouro Preto,
Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Tocantins (UFT) e
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Grifo nosso
Fonte: Agência Saúde
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