sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ministro da Saúde Alexandre Padilha é declarado persona non grata por médicos do Brasil

Em assembleia realizada ontem, 26 de junho, na sede da Associação Médica Brasileira, com lideranças da área associativa, sindical e conselhal de residentes e acadêmicos de medicina, além das sociedades de especialidades médicas, foi decidido, por unanimidade, que os médicos de todo o Brasil promoverão, em 3 de julho, um dia nacional de mobilização contra a importação de médicos formados fora do Brasil sem a revalidação do diploma.

Os médicos decidiram, ainda, intitular o ministro da Saúde Alexandre Padilha persona non grata entre as suas entidades de classe.

Como solução para o problema da falta de profissionais de saúde em áreas remotas e nas periferias, as lideranças médicas anunciaram que centrarão sua luta na aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 454/2009, que cria a carreira médica nos serviços públicos federal, estadual e municipal, semelhante à de juízes e promotores.

Segundo a assembleia, a aprovação da PEC 454 é a garantia da interiorização de médicos brasileiros para as áreas carentes de acesso à assistência. A medida evitaria a necessidade de importação de médicos sem aprovação do Revalida e, dessa forma, zelaria pela saúde da população.

O problema do atendimento integral, contudo, não depende somente da melhor distribuição geográfica de médicos. As entidades registram que, atualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) enfrenta um grave caso de subfinanciamento e também de distorções no processo de gestão.

É sempre bom lembrar que, além de médicos, uma assistência adequada aos moradores de áreas remotas só se dará quando a infraestrutura for completa, ou seja, com hospitais, postos de saúde, profissionais de outras áreas, como nutricionistas, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros; acesso a medicamentos, etc.

Os médicos de São Paulo, logo após a assembleia na AMB, fizeram reunião de emergência para definir o movimento de 3 de julho no Estado. Foi definido que todas as entidades da classe, acadêmicos de medicina e residentes médicos tomarão a Avenida Paulista, a partir das 16 horas, para uma passeata de protesto.

O ponto de encontro será na Associação Médica Brasileira (Rua São Carlos do Pinhal, 324), de onde a passeata sairá rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na Avenida Paulista, 2163.

Médicos e estudantes farão um panelaço simbolizando a necessidade de as autoridades constituídas abrirem os ouvidos ao clamor dos brasileiros.

Grifo nosso

Fonte: Acontece Comunicação e Notícias / SBOT 

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