Ministério
detalha plano para trazer profissionais e promete criação de 14 mil vagas de
residência.
Após
a presidente Dilma Rousseff incluir
anteontem a saúde entre os cinco pactos necessários à classe política para
responder ``à voz das ruas`` o governo procurou ontem apressar anúncios para a
área, com destaque para o projeto de financiamento da vinda de médicos
estrangeiros para o Brasil Profissionais interessados em trabalhar nos postos
públicos de saúde de regiões carentes terão
a passagem paga pelo Ministério da Saúde e, ao chegar, ficarão três semanas em
um processo de avaliação e treinamento.
Caso o desempenho não corresponda às expectativas, eles não serão
admitidos no programa, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O
ministro aleitou que uma série de detalhes ainda precisa ser acertada.
Oficialmente, não há data para o lançamento do edital, número fechado de
profissionais que serão contratados nem como será feito o reembolso da
passagem, caso os profissionais não sejam admitidos no programa.
Ele garantiu,
porém, que os médicos chegarão ao País até o fim do ano, Padilha reiterou que os profissionais terão a proficiência em
português avaliada. Mas já avisou que a língua, por si só, não será uma barreira.
``É só ver o exemplo dos
Médicos sem Fronteiras (organização internacional).``
A
expectativa é de que sejam recrutados 10
mil profissionais. Um edital será lançado a partir da demanda feita por
prefeitos. Somente poderão participar do processo cidades do Programa de
Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Para
driblar as críticas de entidades de classe, o edital dará prioridade para
médicos brasileiros. ``Não haverá nenhum tipo de disputa com profissionais
vindos do exterior``, disse o ministro.
O recrutamento de médicos estrangeiros
para trabalhar no Brasil vem sendo discutido pelo governo desde 2012, a pedido
da presidente Dilma.
A
justificativa é de que faltam médicos no País e o problema vai aumentar ainda mais com a criação de pelo menos 35 mil
postos de trabalho - fruto da abertura de postos de atendimento.
O
recrutamento de médicos seria uma alternativa a curto prazo para a falta de
profissionais. Outras estratégias, como ampliação de cursos de Medicina e de
residência, também foram apresentadas. Os resultados são mais demorados.
Grifo nosso
Fonte: Jornal O Estado de
São Paulo
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