sexta-feira, 28 de junho de 2013

Médico estrangeiro terá treino de 3 semanas no Brasil

Ministério detalha plano para trazer profissionais e promete criação de 14 mil vagas de residência. 
                    
Após a presidente Dilma Rousseff  incluir anteontem a saúde entre os cinco pactos necessários à classe política para responder ``à voz das ruas`` o governo procurou ontem apressar anúncios para a área, com destaque para o projeto de financiamento da vinda de médicos estrangeiros para o Brasil Profissionais interessados em trabalhar nos postos públicos de saúde de regiões carentes terão a passagem paga pelo Ministério da Saúde e, ao chegar, ficarão três semanas em um processo de avaliação e treinamento.

Caso o desempenho não corresponda às expectativas, eles não serão admitidos no programa, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O ministro aleitou que uma série de detalhes ainda precisa ser acertada.

Oficialmente, não há data para o lançamento do edital, número fechado de profissionais que serão contratados nem como será feito o reembolso da passagem, caso os profissionais não sejam admitidos no programa.

Ele garantiu, porém, que os médicos chegarão ao País até o fim do ano, Padilha reiterou que os profissionais terão a proficiência em português avaliada. Mas já avisou que a língua, por si só, não será uma barreira.

 ``É só ver o exemplo dos Médicos sem Fronteiras (organização internacional).``

A expectativa é de que sejam recrutados 10 mil profissionais. Um edital será lançado a partir da demanda feita por prefeitos. Somente poderão participar do processo cidades do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Para driblar as críticas de entidades de classe, o edital dará prioridade para médicos brasileiros. ``Não haverá nenhum tipo de disputa com profissionais vindos do exterior``, disse o ministro.

O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil vem sendo discutido pelo governo desde 2012, a pedido da presidente Dilma.


A justificativa é de que faltam médicos no País e o problema vai aumentar ainda mais com a criação de pelo menos 35 mil postos de trabalho - fruto da abertura de postos de atendimento.

O recrutamento de médicos seria uma alternativa a curto prazo para a falta de profissionais. Outras estratégias, como ampliação de cursos de Medicina e de residência, também foram apresentadas. Os resultados são mais demorados.

Grifo nosso

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo 

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