[...] O corte nessa tarifa foi acertado após
conversas do Banco Central com as instituições financeiras.
A
medida será tomada em conjunto com outra decisão, que é o fim do valor mínimo
que pode ser transferido por meio de TED (Transferência Eletrônica Disponível)
até o final de 2015.
A
expectativa do governo é que a tarifa caia pela metade. Hoje, os dois produtos
têm o mesmo preço.
Em média, são cobrados R$ 15,00 nas operações feitas
pessoalmente e R$ 5,00 naquelas realizadas pela internet.
A
opção por um ou outro produto depende, muitas vezes, do valor da transação.
O
DOC é utilizado para transferências de até R$ 4.999,99.
A
TED é usada em operações a partir de R$ 1.000. Esse limite cairá para R$ 750 a
partir de 4 de julho. Até o fim de 2015 será zerado.
Com
isso, havia a expectativa de que o DOC seria praticamente abandonado.
Pelo
mesmo preço, seria mais vantajoso usar a TED, que permite transferências
praticamente em tempo real. No DOC, o pagamento ao destinatário só ocorre no
dia seguinte.
OPÇÃO
O
BC pediu aos bancos, no entanto, que aproveitassem a mudança para criar uma
opção mais barata para o cliente que não precisa transferir o dinheiro no mesmo
dia.
"A
gente não quer que se acabe com o DOC", diz o chefe do Departamento de
Operações Bancárias do BC, Daso Maranhão.
"São
instrumentos com objetivos e custos diferentes. Os bancos devem diferenciar os
preços. Não reajustando a TED, mas baixando o DOC."
Hoje,
apesar de o preço ser o mesmo, os custos já são diferentes.
A
TED é feita on-line, muitas vezes durante o expediente bancário, quando os
sistemas dos bancos estão mais sobrecarregados.
No
DOC, o processamento ocorre à noite, fora do horário de pico.
Além
disso, todos os documentos são enviados em um único arquivo para uma central de
compensação, e o banco só precisa transferir a diferença entre pagamentos
recebidos e transferências enviadas.
O
chefe do Departamento diz que a expectativa é de que o preço caia pela metade,
mas que isso será definido pela
concorrência entre os bancos. [...]
Grifo nosso
Fonte: Folhaonline
Imagem: Folhapress
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