Representantes
da FENAM (Federação Nacional dos Médicos) reuniram-se com o presidente da ANMP
(Associação Nacional dos Médicos Peritos), Jarbas Simas, na última quarta-feira
(18) em Brasília para tratarem das condições de trabalho, segurança e
reestruturação da carreira dos médicos peritos.
Há
seis anos o SINMEDRJ (Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro) ajuizou ação na
Justiça Federal do Rio de Janeiro contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) motivado pelos casos de ameaças, agressões físicas e verbais contra os
peritos e pedia instalação de equipamentos e alterações estruturais nos locais
de trabalho dos médicos, para aumentar a segurança do profissional.
“O juiz deu
uma liminar, e neste momento intimou todas as partes envolvidas para chegarem a
um acordo para melhorar e resolver de vez o problema das péssimas condições de
trabalho que estão submetidos os peritos médicos do INSS”, informou o advogado
da ANMP, Bruno Fischgold.
No
encontro ficou decidido que a ANMP e a FENAM atuarão juntas na luta pelos
direitos dos peritos e encaminharam ofício ao ministro da Previdência Social,
Garibaldi Alves Filho e ao presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales,
solicitando audiência para tratarem dos interesses da categoria.
“Representamos
os médicos peritos, mas como médicos, somos representados pela FENAM, que
representa todos os médicos do Brasil”, afirmou Jarbas Simas.
A
audiência com o ministro da Previdência Social e com o presidente do INSS tem
como escopo chegar a um acordo que faça com que a decisão favorável no RJ se
estenda às Gerencias Executivas e Agências da Previdência Social de todo o país
“porque, se conseguirmos um acordo, será muito mais célere do que esperar uma
decisão judicial”, disse o presidente da ANMP.
O
presidente do SINMEDRJ, Jorge Darze, considerou “a entrada da FENAM nessa luta
um grande passo.
A
possibilidade de vitória com a participação do movimento sindical e da FENAM é
maior do que sem eles, isso consolida o movimento dos médicos peritos”.
A
decisão da Justiça foi no sentido de que INSS e representantes dos médicos
entrassem em acordo num prazo de 90 dias, mas o Ministério Público Federal, que
é parte na ação, só aceita chancelar o acordo após parecer de perito específico
da área de segurança.
Fonte: André Gobo / FENAM
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