O
governo tornou obrigatória a notificação dos casos de infecção pelo vírus HIV,
antecipando o momento em que essas pessoas entram na contabilidade nacional.
A
mudança foi anunciada em 2012 e publicada em portaria na semana passada.
Até então, os serviços de saúde tinham que fazer a
notificação dos casos de Aids, ou seja, após a manifestação da doença com o
comprometimento do sistema imune, o que pode ocorrer anos depois da infecção.
Também
já era obrigatório informar casos identificados de HIV em gestantes e em
recém-nascidos.
Por
conta própria, alguns Estados já contavam os casos de HIV, e o governo também
dispunha de informações sobre o número de pessoas que estavam vinculadas a
serviços públicos de saúde para acompanhar a infecção, mesmo antes de
desenvolverem Aids.
Não
havia, porém, o registro nacional. [...]
Segundo
Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, o
objetivo é alinhar os registros à nova política do país para a doença: oferecer
o tratamento com antirretrovirais desde o diagnóstico do HIV, independentemente
da contagem de células de defesa CD4 e do estágio da doença.
Segundo
Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde estima
que, com o registro e as ações para ampliar o diagnóstico precoce do HIV, o
número de novas notificações pode ser de 100 mil em um ano, incluindo aí os 39
mil novos casos de Aids esperados, seguindo a tendência dos anos anteriores.
A
nova notificação vai manter informações sobre o desenvolvimento da Aids.
Alexandre
Grangeiro, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, avalia como positiva a
decisão.
Segundo
ele, há poucos dados sobre a infecção entre heterossexuais e eventual uso de
drogas, relações desprotegidas com profissionais do sexo ou situação de
encarceramento. [...]
Grifo nosso
Imagem: Blogamos.com
Fonte: DOU / Folhaonline / Johanna Nublat
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