Dois anos e meio depois de a
Lei Antifumo ser publicada, a
presidenta Dilma Rousseff assinou hoje (31), no Dia Mundial sem Tabaco, o
decreto que regulamenta a norma e proíbe
o fumo em locais fechados e de uso coletivo, extingue os chamados fumódromos,
veta qualquer propaganda de cigarro no país e amplia o tamanho dos alertas nas
embalagens do produto.
A
regra entra em vigor em dezembro/2014.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a regulamentação visa a desestimular ainda mais o tabagismo e proteger as pessoas que não fazem uso do cigarro.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a regulamentação visa a desestimular ainda mais o tabagismo e proteger as pessoas que não fazem uso do cigarro.
Pela regulamentação, será proibido o consumo de cigarro,
cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos considerados fumígenos, como
os narguilés, em locais públicos de uso coletivo, total ou parcialmente
fechado, incluindo áreas com toldos, divisórias, além de espaços que tenham
teto e parede em qualquer um dos lados. [...]
[...]
A regulamentação também estabelece que os produtos fumígenos só poderão ficar
expostos no interior dos estabelecimentos de venda.
Esses
locais serão obrigados a afixar mensagens de advertência sobre os malefícios do
cigarro.
[...]
No caso das embalagens, a regulamentação determina que as mensagens de
advertência ocupem 100% da parte de trás.
A
partir de 2016, as empresas deverão incluir o texto também na parte frontal,
ocupando 30% do espaço do maço. [...]
[..]
“Quando contamos as diárias associadas a
essas doenças, como acidente vascular cerebral, infarto, as neoplasias de
pulmão, boca e laringe, além das doenças respiratórias, como enfisemas, em
2013, foram R$ 1,4 milhão em diárias de
internação hospitalar no SUS”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde
do ministério, Jarbas Barbosa. [..]
[...]
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 11,3% dos adultos brasileiros que
vivem nas capitais fumam. Em 2006, o índice era 15,7%.
A
proporção de adultos que fumam 20 cigarros ou mais em um dia também diminuiu,
passando de 4,6% para 3,4% nos últimos oito anos. Com a regulamentação, o
governo espera reduzir, até 2021, a menos de 10% o percentual da população de
adultos fumantes. [..]
[...]
Pela regulamentação, o fumante não será
alvo da lei, mas os estabelecimentos comerciais serão responsáveis por garantir
o cumprimento das normas.
“O responsável pelo estabelecimento, se não
conseguir fazer o convencimento, deverá chamar a força policial para cumprir a
lei”, disse o ministro.
Em
caso de desrespeito à norma, o estabelecimento pode ser advertido, multado,
interditado e até perder a autorização para funcionamento.
As
multas variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo da natureza da infração,
que vai variar de leve, grave ou gravíssima ou reincidência.
A
fiscalização do cumprimento da lei será de responsabilidade das vigilâncias
sanitárias dos estados e municípios.
Grifo nosso
Fonte: Agência Brasil / Rota
Jurídica
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