quinta-feira, 24 de julho de 2014

De abril a julho de 2014, o MEC autorizou a criação de 21 escolas médicas



No dia 15 de maio do corrente ano, foi neste espaço publicado um artigo cujo título era “Criação no Brasil de escolas médicas a toque de caixa. E a qualidade?”

O referido artigo tecia como o governo negativamente planejava e implementava as questões referentes à criação de novas escolas de ensino médico no Brasil.

Infelizmente, cabe relembrar algumas afirmações: “Imediatismo. Essa é tônica do discurso e da atuação governamental no que tange à implementação de uma saúde de qualidade no Brasil”.[...] “Em maio de 2013, o então ministro economista da Educação Aloísio Mercadante afirmara categoricamente que “o balcão estava fechado” – se referindo a criação de novas vagas e/ou universidades - fato que, o Brasil contava nesta data com 200 escolas de medicina conforme indicava o site Escolas Médicas.Alguns dias do “fechamento do balcão”, o ministério autorizou a criação de mais duas escolas médicas na região do ABC paulista”.[...]Eis o cenário. Médicos contratados sem direitos trabalhistas da CLT, sem inscrição nos Conselhos Regionais de Medicina.Escolas de medicina sem laboratórios, sem corpo clínico de qualidade, sem Hospitais escola”.


E finaliza o artigo: “E assim, assiste-se de camarote a política de ensino médico se perpetuando como política no ensino médico”.

Pois bem. No dia 30 de abril de 2014 o Brasil detinha 220 escolas de ensino médico. No dia 14 de maio de 2014 a totalidade de 228 unidades, no dia 21 de julho de 2014 já detinha 235 unidades e, pasmem, no dia 22 de julho 241 escolas médicas devidamente regularizadas pelo MEC.

Ou seja, no espaço de 84 dias foram criadas nada menos que 21 escolas de medicina no Brasil.

Com essa sanha avassaladora, o verbete “imediatismo” utilizado no início do artigo de 15 de maio de 2014 configura a plena veracidade dos fatos.

Abaixo a matéria publicada ontem no jornal O Globo:

MEC autoriza a criação de seis cursos de Medicina em instituições particulares

RIO - O Ministério da Educação autorizou o funcionamento de seis cursos de Medicina em instituições particulares. Com isso, serão ofertadas mais 498 vagas no país.

A portaria que autoriza os cursos foi publicada nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União.

As vagas serão distribuídas da seguinte maneira: 42 na Faculdade Meridional, em Passo Fundo (RS), 76 no Centro Universitário Uniseb, em Ribeirão Preto (SP); 100 no Centro Universitário de João Pessoa, em João Pessoa, 100 na Faculdade das Américas, em São Paulo; 80 no Centro Universitário Franciscano, em Santa Maria (RS) e 100 na Faculdade Integrada Tiradentes, em Maceió.

O governo busca a expansão das vagas nos cursos de medicina para alcançar a meta do Programa Mais Médicos que prevê abrir 11.447 vagas em cursos de medicina até 2017 — 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares.

No começo do ano, o ministério autorizou 1,3 mil vagas em instituições públicas e privadas; em maio, foram 420 vagas em universidades federais.

No mês passado, foram autorizadas 120 vagas em dois cursos de Medicina em instituições privadas.


Comentário: João Bosco

Grifo nosso

Fonte: Jornal O Globo / Site escolas médicas brasileiras

Imagem: Centosjc.com.br

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