No dia 15 de maio do
corrente ano, foi neste espaço publicado um artigo cujo
título era “Criação no Brasil de escolas médicas a toque de caixa. E a
qualidade?”
O referido artigo tecia como
o governo negativamente planejava e implementava as questões referentes à
criação de novas escolas de ensino médico no Brasil.
Infelizmente, cabe relembrar
algumas afirmações: “Imediatismo. Essa é tônica do
discurso e da atuação governamental no que tange à implementação de uma saúde
de qualidade no Brasil”.[...] “Em maio de 2013, o então ministro economista da
Educação Aloísio Mercadante afirmara categoricamente que “o balcão estava
fechado” – se referindo a criação de novas vagas e/ou universidades - fato que,
o Brasil contava nesta data com 200 escolas de medicina conforme indicava o
site Escolas Médicas.Alguns dias do “fechamento do balcão”, o ministério
autorizou a criação de mais duas escolas médicas na região do ABC paulista”.[...] “Eis o cenário. Médicos contratados sem direitos trabalhistas da CLT, sem
inscrição nos Conselhos Regionais de Medicina.Escolas de medicina sem
laboratórios, sem corpo clínico de qualidade, sem Hospitais escola”.
E finaliza o artigo: “E assim,
assiste-se de camarote a política de ensino médico se perpetuando como política
no ensino médico”.
Pois bem. No dia 30 de abril de 2014
o Brasil detinha 220 escolas de ensino médico. No dia 14 de maio de 2014 a
totalidade de 228 unidades, no dia 21 de julho de 2014 já detinha 235 unidades
e, pasmem, no dia 22 de julho 241 escolas médicas devidamente regularizadas
pelo MEC.
Ou seja, no espaço de 84 dias foram criadas nada menos que 21 escolas de
medicina no Brasil.
Com essa sanha avassaladora, o
verbete “imediatismo” utilizado no início do artigo de 15 de maio de 2014
configura a plena veracidade dos fatos.
Abaixo a matéria publicada ontem no
jornal O Globo:
MEC autoriza a criação de seis cursos
de Medicina em instituições particulares
RIO - O Ministério da Educação autorizou o funcionamento de seis cursos
de Medicina em instituições particulares. Com isso, serão ofertadas mais 498
vagas no país.
A portaria que autoriza os cursos foi publicada nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União.
As vagas serão distribuídas da seguinte maneira: 42 na Faculdade
Meridional, em Passo Fundo (RS), 76 no Centro Universitário Uniseb, em Ribeirão
Preto (SP); 100 no Centro Universitário de João Pessoa, em João Pessoa, 100 na
Faculdade das Américas, em São Paulo; 80 no Centro Universitário Franciscano,
em Santa Maria (RS) e 100 na Faculdade Integrada Tiradentes, em Maceió.
O governo busca a expansão das vagas nos cursos de medicina para
alcançar a meta do Programa Mais Médicos que prevê abrir 11.447 vagas em cursos
de medicina até 2017 — 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições
particulares.
No começo do ano, o ministério autorizou 1,3 mil vagas em instituições
públicas e privadas; em maio, foram 420 vagas em universidades federais.
No mês passado, foram autorizadas 120 vagas em dois cursos de Medicina
em instituições privadas.
Comentário: João Bosco
Grifo nosso
Fonte: Jornal O Globo / Site escolas
médicas brasileiras
Imagem: Centosjc.com.br
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