quinta-feira, 31 de julho de 2014

Brasil ultrapassa os EUA e se torna líder de cirurgias plásticas



O Brasil ultrapassou os EUA em número de cirurgias plásticas e se tornou o líder mundial nessa área, respondendo por 12,9% dos 11,6 milhões de procedimentos.

O país fez 1,49 milhão de operações estéticas em 2013, contra 1,45 milhão dos EUA, aponta relatório da Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética).[...]

[...] Em número de procedimentos estéticos não cirúrgicos (aplicação de botox, por exemplo), os norte-americanos continuam na frente. [..]

 [...] A forte concorrência (são 5.473 especialistas) também levou a uma queda nos preços dos procedimentos estéticos, segundo João de Moraes Prado, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. "Antes, só a classe A e uma parte da B tinham condições de pagar."


As cirurgias mais frequentes realizadas no Brasil são a lipoaspiração (228 mil), seguida do aumento das mamas por silicone (226 mil) e da elevação dos seios (140 mil).

Dos 19 tipos de cirurgias plásticas que aparecem na pesquisa, o Brasil é líder mundial em dez, entre elas as de rejuvenescimento vaginal, de aumento de glúteos e as cirurgias de nariz e orelhas.

As mulheres são responsáveis por 88% das operações estéticas, mas os procedimentos vêm crescendo entre os homens. "Em pesquisas anteriores, eles respondiam por 6%. Estão mais vaidosos", diz Uebel.

DENÚNCIAS

Não há informações se o aumento de cirurgias no Brasil levou a um crescimento de erros ou intercorrências envolvendo os procedimentos.

Para Prado Neto, normalmente "uma coisa leva a outra". Mas ele reforça que 97% dos processos éticos relacionadas à área (289, em 2012) se referem a médicos não especialistas em cirurgia plástica. "Nossa especialidade foi invadida por médicos sem formação adequada", diz ele.

Para ter título de especialista, explica Prado Neto, são necessárias 15,5 mil horas de curso. "Tem gente operando após fazer cursos de 400, 550 horas, que não são reconhecidos nem pelo Conselho Federal de Medicina nem pelo Ministério da Educação."

Segundo Uebel, quando as denúncias envolvem cirurgiões plásticos, 60% se referem a problemas na relação entre o médico e o paciente.

"Acontecem porque o médico não explicou direito o procedimento ou não deu atenção ao paciente. Mas isso vem melhorando." [...]

[...] O levantamento durou quatro meses e foi realizado pela Industry Insights, empresa de desenvolvimento de pesquisa em Ohio nos EUA.


Grifo nosso
Fonte: Folha de São Paulo / Cláudia Collucci
Imagem: Google / abril.com.br

Curta e compartilhe no Facebook


Sem comentários:

Enviar um comentário