terça-feira, 8 de julho de 2014

Mea-culpa: Projeto de lei que previa punir médicos por atrasos em consultas é retirado



Em matéria divulgada neste espaço no dia 11/06/2014 que tratava da intenção de punir pecuniariamente o médico por via do Projeto de Lei do Senado nº 179/2014, cuja autoria é do senador Cidinho Santos (PR-MT), caso se atrasasse à consulta, o CFM se reuniu com os nobres senadores e colocaram um fim na questão.

Eis a matéria:

Projeto de lei que previa punir médicos por atrasos em consultas é retirado

Os médicos brasileiros, graças ao Conselho Federal de Medicina (CFM), conseguiram uma importante vitória no Congresso Nacional.

Após reunião com representantes da entidade, na quarta-feira (02), em Brasília, o senador Cidinho Santos do PR-MT (foto), comunicou sua decisão formal de retirada do Projeto de Lei do Senado 179/2014.

Em síntese, isso impede o avanço de uma proposta que colocaria o processo do atendimento no escopo das relações de consumo.

A proposta alterava o Código de Defesa do Consumidor e previa punição aos médicos por eventuais atrasos em consultas.

Pelo PLS supracitado, uma demora de 30 minutos a uma hora seria punida com um desconto de 50% no valor dos honorários; nos atrasos de mais de uma hora a penalidade subiria para 70%.

O parlamentar argumentava que essa regra ajudaria a melhorar a pontualidade nos atendimentos.

Durante a reunião, o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Correia Lima; o 3º vice-presidente, Emmanuel Fortes Cavalcante; e o secretário-geral, Henrique Batista e Silva, explicaram ao senador que este projeto, se aprovado, traria forte impacto negativo para a relação médico paciente.

Na avaliação dos conselheiros, essa relação não pode estar submetida a uma regra criada para regular a compra de mercadorias e atrelada às leis de oferta e de procura. [...]

[...] O Conselho Federal de Medicina considera de extrema relevância este diálogo com os deputados e senadores para o devido esclarecimento de aspectos relacionados às propostas em tramitação”, afirmou o Carlos Vital, que elogiou ainda a Comissão de Assuntos Políticos (CAP), a qual tem se dedicado a monitorar e auxiliar o CFM neste trabalho.


Comentário: João Bosco
Fonte: CFM
Grifo nosso
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